Corredor empurra amigo cadeirante na São Silvestre

Andrea Berzotti

20 Dez 2019 14:02

Esta não é a primeira vez que Guilherme Flores Marcos participa da corrida São Silvestre. Na última edição da prova, o jovem de 27 esteve lá e gostou de participar da prova, graças à força do amigo, o personal trainer de Ribeirão Preto, Matheus Henrique da Silva. Neste ano, a aventura continua e, mais uma vez, estarão juntos na prova em São Paulo.

Foi em 2018, que o jovem Guilherme se uniu ao grupo de corrida de Matheus e, juntos, começaram a correr. “Começamos a treinamos com a cadeira de rodas dele normal. Logo nos primeiros treinos, era nítido o entusiasmo. Em pouco tempo, a família providenciou uma cadeira profissional”, recorda Matheus. Em 2018, Guilherme e Matheus concluíram a São Silvestre. “Eu acreditava que a corrida e as pessoas fossem motivar o Guilherme a concluir a prova. Na verdade, aconteceu o contrário: Guilherme que motivou a todos pelo caminho a não desistirem. Foi muito emocionante”, lembra o treinador.

Essa união não parou por aí não: Guilherme e Mateus já correram várias provas juntos: Meia Maratona Internacional de São Paulo, Meia Maratona Tribuna Ribeirão, Corrida Integração e ainda foram os primeiros brasileiros a conduzirem um cadeirante em prova fora do Brasil, na Maratona de Vina Del Mar, no Chile, em outubro deste ano.  Segundo Matheus, a ideia é participar da prova de Punta del Leste, no Uruguai, e da Pampulha, em 2020.

E foi através do Pernas Solidárias, projeto existente no Brasil em mais de oito cidades que integra cadeirantes na corrida de rua, que mais jovens se uniram à equipe de Matheus e hoje, além do Guilherme, as meninas Julia.'s também estarão na São Silvestre. E foi a força do grupo, dos amigos e até de algumas empresas que uma nova cadeira profissional de corrida foi comprada, para o revezamento da duas novas integrantes da equipe “O projeto usa o esporte como meio motivador para, além da integração social, promover a saúde através da corrida”, conclui o personal trainer.