FUI E GOSTEI || Geni Duró relata como foi participar do Triathlon de Pirassununga

FUI E GOSTEI || Geni Duró relata como foi participar do Triathlon de Pirassununga

A educadora física, Geni Duró, de Ribeirão Preto, participou no dia 25 de novembro do Triathlon de Pirassununga, na categoria long distance (1,9 quilômetro de natação, 90 quilômetros de ciclismo e 21 quilômetros de corrida). De sua primeira disputa, em 2009, para esta prova, Geni conseguiu baixar o tempo de 55 minutos. Completar uma prova deste nível exige do atleta muito treino, dedicação e, principalmente, concentração na hora da prova. O dia, atípico para a região, amanheceu com muita chuva. Geralmente essa prova é realizada sob um sol escaldante. 

Aqui na seção FUI E GOSTEI, a atleta relata como foi a sensação em participar deste tipo de prova. Depois de alguns perrengues, cansaços e uma força de vontade enorme, o resultado: “Estou superfeliz!”. Confira!

Geni é formada em Educação Física e pós-graduada em Treinamento Desportivo e em Biomecânica do Exercício e atualmente é professora de natação, hidroginástica e personal trainer na Wellness, além de treinadora da equipe de corrida de aventura de Ribeirão Preto, Lebreiros. 

Por Geni Duró



Saímos de Ribeirão Preto com muita chuva e foi assim quase que 85% da prova. Tudo estava dando certo e foi assim até o final... Ou melhor ainda, arrumamos nossas coisas na transição e fomos para a lagoa. O frio na barriga começou a aparecer e, enfim, soou a largada para a categoria feminina. A água estava praticamente “aquecida” e a natação foi tranquila, sem mais empurrões ou afogamentos. Ufa, um alívio, pois cheguei com o meu melhor tempo! 

Começou o pedal e foi tudo meio tenso porque havia muitos buracos e muita chuva, mas fizemos a primeira volta reconhecendo os buracos. Nas outras três foi apenas repetir o que já tinha sido feito. Terminei o pedal e fui para a corrida.

Aqui as coisas começaram a acontecer, pois uma hora o corpo chega no limite. E foi o que aconteceu: saí para a primeira volta de 10 km e ainda com tudo sob controle iniciávamos no km 6 uma corrida de ida e volta onde é possível avistar todos que estão vindo atrás, inclusive os que já vão te passar uma volta (de 10km).



Muitos já haviam dado esta volta de 10 km e já estavam mais a frente. Então, quando estava voltando vi algumas mulheres passando (não consegui contar): eu já estava no fim da reta e com receio de perder uma posição. Enfim, passei do pórtico e eu fui para a segunda volta. Lá  pelo 13º km, minha lombar deu um sinal. Aguentei firme. Depois foi a sola do pé - nem liguei. Depois os joelhos e depois cansaço tremendo. Mas fui firme (lembrei de umas palavras que me enviaram: “o céu é o limite” e fui embora.

De novo naquela reta infernal percebi que tinha somente quatro mulheres atrás de mim – mais ou menos há uns 500 metros. Aí foi duro! Pois ainda faltavam 6 km. Tinha um trechinho de terra que me senti em casa e nos 2 km finais, ninguém chegava. Pensei: já que elas não me passaram até ali, melhor não deixar mais - rs - e fui para a chegada.

No momento que cruzei o pórtico pensei: “nunca mais”. Depois este sentimento só aumentou! Senti falta de ar, chorei muito, o corpo todo travou, não sabia onde estava e nem o que fazer, queria comer, beber e vomitar (tudo ao mesmo tempo). Neste momento me deu uma saudade da corrida de aventura! Na chegada encontrei os amigos e fui amparada, pois não estava conseguindo permanecer em pé.

O triathlon é uma modalidade apaixonante e acho que todos deveriam ter esta experiência. Mas, estou morrendo de saudade da aventura! Que venham mais provas em 2013!  

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