Green Race: puxado, porém estimulante!

Green Race: puxado, porém estimulante!

Neste domingo (dia 25/11) aconteceu na Serra do Japi, em Jundiaí (SP) mais uma edição do Green Race, uma corrida fora do asfalto realizada na montanha, com grandes trechos de subida, em meio a uma paisagem realmente paradisíaca. Atletas de Ribeirão estavam lá – alguns na categoria solo (50 km) masculino e feminino e minha equipe (Lebreiros) nos 50 km revezamento feminino. 



A galera fez bonito! Todos completaram a ainda deu pódio para os primeiros lugares. Mas, infelizmente, por uma má organização, os primeiros lugares (feminino e revezamento) não ganharam troféus porque, simplesmente, os “troféus sumiram”, segundo a própria equipe da organização. Apenas a categoria solo masculina foi premiada. A prova tinha tudo para ser completa e inesquecível se não fossem alguns probleminhas da turma que coordenou a prova: falta de alguns itens básicos como comunicação, informação, sintonia e, principalmente, a falta da premiação para a galera dos 50 km. Aqui nem a categoria solo feminina, que completou todo o trecho, teve direito a troféu. O que deu para perceber foi que esse tipo de atleta não ganha tanto prestígio quanto os que correm os 5 ou 10 km (por favor, sem desmerecimento nenhum), pois o número de inscritos nos 10 km era bem superior aos que foram nos 50km. E esses foram premiados! Alguém explica? 

Enfim, fica aqui somente a dica para que em uma próxima edição um conjunto de melhoras seja feito para que ninguém saia insatisfeito – o que é muito chato! Principalmente para quem pagou uma boa grana (e olha que não é barato esse tipo de prova) e quem viajou mais de 250 km – como foi o nosso caso. 

Mas, problemas à parte e sem nenhum tipo de mágoa no coração (mesmo assim a gente se divertiu à beça), o que ninguém sabe é que o local – a linda Serra do Japi – foi tombado pelo CONDEPHAAT e declarado como Reserva da Biosfera pela UNESCO em 1992. Uma região de rara beleza onde há o encontro de dois tipos de florestas: a Mata Atlântica característica da Serra do Mar e a Mata Atlântica do interior paulista. Já deu para imaginar o trajeto que percorremos? 

Daniela Focosi

Em uma manhã chuvosa, a principal expectativa era chuva o dia inteiro e uma corrida para lavar a alma. Mas, fomos surpreendidos com um tempo úmido e simplesmente delicioso para correr! Só no finalzinho uma pequena garoa deu o ar da graça o que não atrapalhou em nada a festa do nosso “suado” título. 

Nossa equipe feminina era composta por Clarita Denardi (que com muita determinação fez mais de 20 km sendo a única da equipe a correr um trecho, esperar o restante da equipe e finalizar o circuito com mais 10km “voando” para que a atleta da outra equipe não a ultrapassasse); Andreza Shimura (a “raçuda” da equipe que foi quem fez o ponto culminante da serra – mais de 1.000 metros de altitude e que, segundo ela, correu junto às nuvens, mas por um bom tempo não quer ver subida na frente!); Daniela Focosi (que com alguns problemas no treino meteu as caras, fez bonito e não deixou ser ultrapassada em nenhum momento) e eu que também fiz meu delicioso, porém desgastante, trecho de subida. Depois dessa prova mudei de ideia: “adoro subida”, pois descobri que é possível sim correr e vencê-la (antes, qualquer morrinho me bloqueava! rs). Passei a acreditar que depois da subida, sempre vem a descida e que gostar de subida não é desvio de personalidade.  =) 

Clarita Denardi

Mas a melhor parte nesta história toda é que conseguimos o primeiro lugar graças a raça de cada uma de nós: é esse o grande barato de correr revezamento. Troféu? Não vimos nem o cheiro, mas deu para pegar uns emprestados (da turma dos 10 km, claro!) para fazer a clássica foto. Pelo menos ficou registrado!

Andrea Berzotti, Andreza Shimura, Clarita Denardi e Daniela Focosi

Leonardo Guerra que correu solo também fez bonito: 17ª colocação geral, 4º lugar na categoria 35-39 anos. Adriana Scaranti (que também encabeçou a turma dos “sem troféu”) ficou com o primeiro lugar na categoria solo feminina. Parabéns pessoal!

Leonardo Guerra


Ano que vem tem mais, com certeza! A prova é linda, os participantes super animados, o circuito – puxado – mas que deixou aquele gostinho de repeteco. Troféu? Ah, a gente espera receber... quem sabe um dia!  ;-)

Ps.: um agradecimento especial a Maurício Baracchini e Nina Shimura que com toda sua paciência fez um apoio fundamental para nós!

Maurício, Nina e Andreza

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