Passa Quatro: o sobe e desce da corrida de aventura

Passa Quatro: o sobe e desce da corrida de aventura

AT das bikes: Passa Quatro
Uma cidadezinha no sul de Minas Gerais, chamada Passa Quatro. Terra de José Dirceu (aqui sem nenhum apelo político), terra das altas montanhas, da Serra da Mantiqueira - bem no meio do caminho de São Paulo e Rio de Janeiro. A cidade entrou para a história republicana do Brasil, pois foi lá que ocorreu combates militares entre tropas legalistas e revolucionárias, no período das revoluções de 1930 e de 1932. Passa Quatro abriga fontes de água mineral por todos os cantos, uma “maria-fumaça” em perfeito estado de conservação e ainda em funcionamento. Mas, acima de tudo, é dona de uma terra com uma festividade de picos e montanhas de vários tamanhos – ideal para a pratica de esportes de aventura.


E foi neste local bucólico e charmoso que aconteceu a 3ª edição do circuito de corrida de aventura Haka Race. A dupla de Ribeirão, atletas da Lebreiros, Frederico Reis e Isadora Reis (pai e filha), ficou com o primeiro lugar, completando o circuito em 6h40. Participei desta prova com o atleta Christian Guariglia – competindo pela Lebreiros – ficamos em 6º lugar, com um total de 9 horas de prova.  De Ribeirão, também o atleta Leo Guerra, que competiu na categoria dupla masculina pelo AKSA, também fez bonito na prova. 



No entanto, para mim, a falta de treinos mais focados em bike fez com que a prova fosse dura e cansativa, porém em nenhum momento tirou o brilho do local, do contato com a natureza e da superação em alguns obstáculos: subidas “apavorantes” no trekking e na bike, seguida por um assombroso “downhill”, uma cachoeira de arrepiar a alma, trajetos de bike pela trilha do trem, travessia de pontes que davam um certo frio na espinha e uma passagem por um túnel de trem com cerca de 1 km no escuro total, sem nenhum ponto de luz. Correr das vacas pelo pasto, pular cerca, abrir e fechar porteira e muito, mas muito sobe e desce, fizeram parte do roteiro.


Assim foi o percurso da prova. Um trajeto delicioso em um lindo sábado do dia 24 de agosto. Sofrido? Bastante. Mas, o astral maravilhoso e a garra em completar fizeram com que mais esta prova se tornasse inesquecível (como sempre!). Chegamos às 18 horas, quase escuro, mas com a certeza que as dores são passageiras, mas a persistência te faz chegar no ponto final. E só no final, que a gente se dá conta que vaidade aqui não dá para existir e que o bom senso, às vezes, é deixado de lado. Assim é, como diz meu amigo Léo Guerra, o “estranho mundo das corridas de aventura”! Viva os calafrios na espinha!


 

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