Neuroarquitetura: uma nova forma de entender e projetar os ambientes!
Você já deve ter notado que a maneira como os ambiente são projetados e decorados influencia diretamente no comportamento e nas emoções de seus usuários.
Resumidamente, a neuroarquitetura se refere ao estudo da neurociência aplicada à arquitetura, ou seja, como o ambiente físico impacta em nosso cérebro.
"Os benefícios potenciais da neuroarquitetura são amplos. Especialmente em ambientes relacionados à saúde, como hospitais, consultórios e clínicas, isso pode ajudar a potencializar melhorias de quadro, processos de cura, entre outras coisas. Já nas empresas, pode ajudar executivos e equipes a manterem o foco e serem mais produtivos", aponta a arquiteta e urbanista Suzana Duarte.
O foco pode estar em estimular sensações, melhorar a memória, facilitar a tomada de decisão ou gerar novas experiências para as pessoas.
Priscilla Bencke, especialista em neuroarquitetura, arquiteta da Qualidade Corporativa / Bencke Arquitetura destaca que “Quando aplicada ao dia a dia, no ambiente doméstico, a neuroarquitetura pode melhorar a qualidade de vida e a saúde”.
Para para aplicar a neuroarquitetura em um ambiente residencial, é necessário realizar um estudo detalhado sobre as pessoas ali vivem. “É uma parceria entre o arquiteto e um profissional da saúde, que pode ser um neurocientista ou um psicólogo. Com os dados coletados, cria-se um perfil do cliente e, a partir disso, sugerem-se soluções a fim de reorganizar os ambientes para melhor adequá-los à demanda de seus usuários. Para obter bons resultados, o projeto precisa ser o mais personalizado possível. Afinal, cada pessoa, família ou equipe tem suas necessidades”, afirma Priscilla.
Mesmo assim, alguns princípios básicos da neuroarquitetura podem ser adotados de maneira hipotética! São eles:
1. Trazer a natureza pra dentro de casa:
Ambientes com boa iluminação e ventilação naturais estimulam a sensação de bem estar e o relaxamento.
Uma pesquisa também demonstrou que o uso de plantas na composição de ambientes ajuda a reduzir o estresse e a melhorar a concentração.
Aposte em plantas, quadros com paisagens, piso e móveis de madeira e até fontes de água.
Projeto Lez Arquitetura / Foto: Joana França
2. Ser criterioso com a iluminação artificial:
Na área íntima, invista em luz amarela, que traz maior sensação de aconchego.
Para reduzir os efeitos nocivos da iluminação artificial no relógio biológico de pessoas com problemas de sono, é recomendado eliminar dos quartos as telas que emitem luz azul (TV, celular e tablet).
A luz branca deve ficar restrita às áreas que exigem concentração e foco.
3. Manter tudo organizado:
A organização dos ambientes é um dos pilares da neuroarquitetura.
Organizar a bagunça traz uma deliciosa sensação de dever cumprido.
Manter os ambientes organizados controla a ansiedade e auxilia na correta tomada de decisões.
Projeto Kyze Vasconcelos
Então, se você deseja se beneficiar da neuroarquitetura, já tem em mãos boas dicas para começar!