A brevidade da vida

A brevidade da vida

Diariamente, percebemos no nosso cotidiano a fragilidade e a brevidade dos momentos vividos. A beleza de um amanhecer e de um anoitecer não dura mais que uma hora, é tudo muito rápido, tudo muito curto. Isso acontece diante dos nossos olhos, com uma rapidez assustadora. A beleza está em perceber que é a mesma relação com a nossa vida.

Quando se observa uma mãe é fácil constatar quando ela diz o quanto que a infância do seu filho passa rápido, o quanto o tempo flui rapidamente. Diante desse movimento contínuo e ininterrupto da vida, os filósofos já buscaram respostas para acalmar o espírito daqueles que sentem essa angústia de não ter nenhum controle sobre essa marcha. Muitos nos convidam a reflexão de viver o momento em que se está como o único possível, sem planos, sem esperar nada do futuro e nem ficar preso ao passado. Parece fácil fazer isso, mas não é, talvez seja a prática mais difícil de fazer, porque o agora não consegue responder ao que sonhamos como um tempo ideal.

A Psicanálise menciona uma falta que nunca cessa, um desejo que nunca para, próprio do ser humano que busca pelo que não tem. A paz não está na ordem do dia, mas a inquietude, a busca é o que nos torna demasiado humanos.

Um texto do Lao Tsé diz muito sobre como entender a vida:

É possível que ao entendermos que essa vida breve precisa ser vivida sem grandes expectativas, a angústia passe a ser uma companheira menos assustadora e quem sabe a vida possa ser compreendida na medida e no tamanho que se apresenta para nós. 

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