Em busca de respostas

Em busca de respostas

É em tempos tormentosos que buscamos a maioria das explicações. Quando nada vai bem, queremos entender o porquê de os problemas terem aparecido justo na nossa vida. Buscamos respostas, o tempo todo.

Sempre gostei de Filosofia e dessa tentativa de encontrar explicações para os fenômenos da vida — tanto os bons quanto os ruins. Acho que a curiosidade, de uma certa forma, sempre me moveu, tenha sido profissionalmente, com o jornalismo, ou pessoalmente, em minhas decisões na vida.

Neste ano, resolvi me aventurar e voltar à faculdade. Podem dizer que é tarde – e sempre me lembro de Cora Coralina, que publicou seu primeiro livro aos 75 anos. Passados os 50, há quem pense que não existe mais tempo para começar. Eu acredito no contrário. Penso que em qualquer momento de nossa trajetória podemos abrir portas, mudar a rota, ter novas experiências. Decidi, então, estudar a Filosofia e iniciei as aulas em março.

Ainda é cedo para avaliar o impacto que esses estudos terão na minha vida, mas fato é que sempre acreditei no conhecimento como um dos principais pilares para não desperdiçar a vida. Aprender, experimentar o novo, criar, inventar, é o que, em geral, me move, mesmo depois de 30 anos à frente da mesma empresa, com uma rotina muito semelhante ao longo desse tempo. Cada dia revela surpresas diferentes, novos trabalhos estimulam, e me reergo a cada novo projeto da Revide.

Estudar nos permite ir além, conhecer, crescer. A mim, a Filosofia parece interessante e indica um novo mundo de possibilidades, mesmo depois de ter cursado Jornalismo e Psicologia.

Por algumas vezes, já escrevi aqui sobre o quanto acredito na educação como o principal alicerce para a construção de uma sociedade com maior equidade. Acredito profundamente no ensino como ferramenta transformadora e, talvez por isso, insista, mesmo com o passar dos anos, a continuar aprendendo, estudando, descobrindo.

Às vezes, dá aquela sensação de que não haverá tempo suficiente na vida para aprender tudo o que quero aprender, entender o que quero entender. Deve ser uma sensação universal, porque a cada dia achamos que o tempo passa mais rápido. De qualquer forma, enquanto há vida, há dúvidas. E, enquanto houver dúvida, devemos seguir buscando respostas. 

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