Entre pressões e sufocos

Entre pressões e sufocos

A Revide completou 31 anos e, durante todo esse tempo, mais de uma centena de pessoas já passou pela revista, nas mais diferentes funções. Hoje, temos uma equipe que gira em torno de 50 profissionais. 

Por estarmos na ativa há mais de três décadas, seria possível imaginar que a rotatividade fosse maior, mas uma de nossas características é justamente não ter tido, ao longo de nossa história, grandes mudanças no quadro de funcionários. Há, pelo contrário, uma boa parcela da equipe que está há muito tempo na empresa. Tem gente há 25 anos, há 20 e há 15 anos.   

Tenho plena convicção de que essa permanência de tanta gente por tanto tempo ocorre, em grande parte, em função de termos construído um ambiente agradável para se trabalhar. Na gestão da empresa – que, claro, nunca está do agrado de todos – buscamos, ao longo do tempo, proporcionar condições justas e confortáveis aos funcionários. Naturalmente, há os que gostam e os que não gostam, mas não acredito que exista qualquer ambiente de trabalho no mundo que seja aprovado por 100% dos empregados e que não suscite reclamações, vez ou outra.

Neste indiscutível momento de crise, qualquer empresário tem se deparado com inúmeras dificuldades na gestão de uma empresa. Especialmente na área do jornalismo, enfrentamos a crise da comunicação, em que a produção de conteúdo se expandiu e o investimento em publicidade nos veículos de mídia tem diminuído. Nessas horas, é preciso ser criativo e viabilizar projetos junto de um grupo, afinal, tenho a plena certeza de que uma andorinha não faz verão. Para ter sucesso é preciso um time que esteja unido em prol de um objetivo e com toda a equipe empenhada.

Na condução da Revide – e em alguns outros momentos de minha vida -, tenho fama de ser muito brava. São comuns os comentários sobre a minha frieza ou até uma possível arrogância. O que sempre procurei com essa postura foi me posicionar diante daquilo que acredito, a partir da personalidade com a qual fui forjada durante todos esses anos. Sempre quis que meus colegas de trabalho tivessem respeito por mim e até um certo orgulho em vestir a camisa da empresa. Tudo isso é fruto de um rigor que carrego na condução do trabalho. O rigor que tenho com os outros é o mesmo que tenho comigo.

Nosso trabalho, como empresa de comunicação, depende do trabalho de outras pessoas externas à empresa. Dependemos de um mercado que progrida e da publicidade de empresas que prosperem. Um resultado positivo na economia é bom para todos.

Por isso, nesse momento de tanta dificuldade, embora eu esteja sempre preocupada com o andamento dos negócios, sinto até uma certa gratidão ao parar para pensar que, apesar dos obstáculos, a Revide não realizou demissões em massa e não deixou de ser publicada uma semana sequer. Entre tanta tormenta, temos avançado.

Acredito que o êxito da Revide é o sucesso de cada um que faz parte dela. Embora eu tenha iniciado o projeto lá em 1986, ele jamais sairia do papel sem as pessoas que colaboraram e colaboram, dentro e fora da empresa. Tenho a convicção de nenhuma iniciativa sai do papel e se desenvolve sem um belo time que dê o respaldo. Entre pressões e sufocos, a minha total gratidão ao time da Revide que se faz merecedor de tanto sucesso. 

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