Esperança e utopia
“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”
Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio
Temos trabalhando arduamente nos últimos 35 anos no projeto da revista. Já fomos uma equipe de quase 50 pessoas e no decorrer dos anos, ficamos pequenos, depois crescemos de novo e neste período pandêmico tivemos que nos readequar novamente. Hoje, somos uma equipe de 22 pessoas que trabalham diretamente na produção do conteúdo que publicamos semanalmente na revista (nas versões impressa e digital) e no portal.
Da minha parte, sempre escutei por parte de muitas pessoas com as quais convivo com mais proximidade ou mesmo de vez em quando, da nossa persistência em manter essa mídia na cidade. Os objetivos estão muito claros para nós que estamos na linha de frente. Insistimos no projeto da Revide, porque em primeiro lugar, gostamos do que fazemos e também porque acreditamos que esse trabalho tem relevância na cidade. Pautamos a nossa atuação profissional para entregar um bom produto para a cidade. Para os nossos clientes, entregar aquilo que foi pactuado.
Em um universo tão multifacetado como é uma cidade, com todos os seus problemas e dificuldades inerentes a um grande conglomerado de pessoas, não conseguimos atender a todos os interesses. Acredito que já tentamos dar voz a grande maioria dos grupos sociais que vivem por aqui. Logo no início da revista, a nossa intenção sempre foi falar do nosso quintal. O texto do Fernando Pessoa acompanhou a nossa trajetória desde a primeira edição: “O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.”
Falar de nós, é reconhecer os que vivem, trabalham, estudam, que fazem esta cidade acontecer como os nossos personagens principais, os verdadeiros e únicos protagonistas. Essa sempre foi a nossa principal meta. De vez em quando, acontece de não conseguirmos atender a um determinado setor ou segmento, mas é certo que estamos atentos para corrigir as rotas. Buscar a excelência no que fazemos também é um objetivo. Pensar projetos, buscar modelos que consigam dar sustentação econômica a revista é um exercício cotidiano. Como nesta edição que falamos sobre o dia da Constituição, comemorado no dia 25 de março e que poderia passar despercebido, mas pode ser um momento importante para mostrar os profissionais da cidade que estão atentos a lei maior que rege o país. Em um momento em que os poderes, diariamente, estão sendo colocados em xeque nas redes sociais, o papel da imprensa é entender que a democracia tão duramente castigada por mais de 21 anos é o nosso bem maior, assegurada por um conjunto de leis que garantem que as regras serão cumpridas.
Na próxima edição impressa, mostraremos porque a nossa cidade é reconhecida nacionalmente pela qualidade dos serviços de saúde que oferece aos seus moradores. Estamos procurando sempre nos manter atentos ao nosso entorno para criar pautas e oportunidades para que a revista siga cumprindo o seu papel de bem informar. É assim buscando caminhos que sobrevivemos às dificuldades de empreender, de ter um negócio sólido em um país que convive diuturnamente com crises econômicas. Nada que nos desanime ou que impeça de criar novos projetos para continuar na nossa boa missão de contar as histórias das pessoas que fazem a vida pulsar por estas bandas. Para fechar essa reflexão, deixo uma citação de Eduardo Galeano: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”