Histórias que valem contar

Histórias que valem contar

O primeiro dia nacional da mulher foi comemorado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1.500 mulheres fizeram uma manifestação por igualdade econômica e política no país. A partir daí, inúmeras ações aconteceram no decorrer dos anos até que em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava os princípios de igualdade entre homens e mulheres. Em 1977, o 8 de março foi reconhecido oficialmente como o dia Internacional da Mulher. Uma luta de muitas décadas por uma conquista que ainda parece longe de terminar diante das discriminações e das violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres. 

Nesses 35 anos de história da Revide, em vários projetos editoriais mostramos as trajetórias de muitas mulheres da nossa cidade que fizeram história e que deixaram um legado para outras tantas mulheres anônimas, mas nem por isso menos importantes. Sempre nos pautamos por contar boas histórias de vida, aquelas de superação, de coragem e de dedicação às boas causas. Uma das mulheres que mais me marcou desde a adolescência foi a escritora Simone de Beauvoir, uma mulher muito à frente do seu tempo, que mesmo depois de mais de 35 anos da sua morte, permanece na contemporaneidade do nosso tempo. Suas reflexões sobre a condição feminina ainda permanecem  atualizadas. Uma mulher que nasceu em 1908, no início do século XX, e ainda é uma referência para quem preza a liberdade e o feminino.

Se fosse listar mais uma mulher, certamente citaria Cora Coralina, que com sua história de resiliência e coragem nos faz até hoje acreditar na vida e no amor. Neste 8 de março decidimos fazer mais uma vez, uma edição especial da Revide que pretende contar a história de mulheres que nos façam continuar tendo esperanças de um mundo mais justo e igualitário. É sempre um projeto que me encanta porque temos oportunidade de apresentar mulheres desbravadoras nas mais diferentes áreas de atuação profissional. Mulheres que de alguma maneira me representam. Sempre penso na satisfação de podermos usar a imprensa escrita para contar trajetórias de pessoas que servem de referência e deixar um pedaço da nossa história registrada para as novas gerações. Esse é o triunfo de uma mídia que acredito que terá ainda vida longa porque tem a capacidade de guardar a memória de um tempo. 

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