Modo sobrevivência

Modo sobrevivência

Diz a sabedoria popular que quando estamos em meio a uma tormenta, a única saída é buscar um lugar seguro, esperar o momento ruim passar e só depois buscar meios de sair daquela situação que te coloca em risco. O mundo dos negócios no Brasil parece uma tempestade permanente, a cada momento vivenciamos uma nova crise. Desde 2015, a economia vem aos trancos e barrancos. 

Recessão nos anos de 2015 e 2016. Em 2017 e 2018, crescimento pífio perto de 1%. Isso para não falar da política que passou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, de um presidente interino que ficou dois anos tentando se salvar de outro impedimento. Quando o novo presidente assumiu em 2019 parecia que teríamos uma política econômica mais liberal, portanto com aquela crença de que a prosperidade seria a bola da vez.  Naquele ano parecia que as abóboras se acomodariam na carroça. Até chegarmos a março de 2020, quando começamos a viver a era das incertezas: veio a pandemia do Coronavírus que ficou entre nós até este ano de 2022. O que dizer desses sete anos? Uma tempestade perfeita para quem tem um negócio na área da comunicação, porque se não bastassem as intercorrências econômicas e políticas, a forma como a população passou a consumir informações mudou completamente em relação à maneira de como era feita nos últimos 100 anos. 

Tudo isso porque um amigo perguntou como estavam os negócios. Lembrei que foi esse cenário que me veio à cabeça para falar de como estamos no momento atual: ainda no modo sobrevivência. Mesmo diante de toda essa conjuntura ainda assim é possível criar projetos novos, ser inventivo nas adversidades. É preciso continuar a nadar, como diz Dory a personagem coadjuvante do desenho Procurando Nemo, que apesar de sofrer de perda da memória recente, tem uma qualidade inestimável para superar as adversidades. Ela acreditava que sempre tem uma saída. Ainda vivenciaremos momentos com mais clareza e com o sol mais brilhante. Um tempo de mais tranquilidade econômica e política no país e que os próximos sete anos poderão ser de menos peste e de mais abundância como diz a Bíblia. Depois da tempestade, teremos o tempo de bonança. Eu prefiro acreditar nisso para viver melhor. 

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