Na crise, a criatividade

Isabel de Farias

22 Out 2015 07:20

Apesar da minha teimosia em manter um olhar otimista sobre tudo, não dá para ignorar que o Brasil está vivendo uma crise econômica importante. Inflação ganhando corpo, dólar em alta e empregos em baixa sinalizam que os tempos, de fato, não são os melhores possíveis. O cenário é agravado, ainda, pela crise política que domina o país, especialmente na esfera federal. Com a situação posta, dá para dizer, também, que as mudanças não irão acontecer no curto prazo, já que são necessárias transformações estruturais para que esse céu nebuloso comece a clarear.

Sendo assim, o que fazer diante da crise? Antes de mais nada, como empresária, devo salientar que não enxergo nesse momento econômico o mais crítico da história recente. Dito isso, creio que mais importante do que engrossar o coro dos que dizem por aí que “realmente, as coisas não vão nada bem”, é buscar alternativas para atravessar o período com o máximo de tranquilidade possível. Para mim, não há caminho que não passe pela criatividade.

Nessa trilha, os projetos especiais se tornaram uma alternativa viável. Quem acompanha a Revide já deve ter percebido que os cadernos se tornaram mais frequentes, como o que se pode ler nesta edição, direcionado aos dentistas. O formato tem sido bem aceito pelo mercado porque, ao mesmo tempo em que reúne profissionais com interesses comuns, presta informação aos leitores sobre determinado assunto.

A grande novidade, no entanto, está fora das páginas da Revide semanal. Vale a pena conhecer a RD, produto editorial pensado para levar inspiração e informação sobre arquitetura e decoração ao público, enquanto serve de vitrine para profissionais, empresas e serviços desse segmento. Trabalhada com muito critério e cuidado, a primeira edição, que chega ao mercado este fim de semana, já mostra a que veio. A revista está repleta de matérias interessantes, que primam pelo visual e pelo bom gosto.

A realização desse projeto só foi possível por conta do envolvimento de toda a equipe, que comprou a ideia e dedicou-se em dobro por várias semanas. Para completar o time, a fotógrafa Lídia Muradás reforçou o nosso expediente e emprestou seu olhar a diversos ambientes que ilustram a revista. Com exceção das pessoas que a produzem, a RD é um trabalho totalmente independente, com tiragem, distribuição e público diferentes. Por isso mesmo, tenho certeza de que também será um sucesso.

Sem maiores detalhes por enquanto, já posso dizer que há mais novidades por vir. Ideias não faltam e vontade de driblar a crise também não. Penso que manter-se em movimento seja a única forma de seguir em frente, principalmente, em períodos turbulentos.

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