Por um fio de Ariadne

Por um fio de Ariadne

Sempre acreditei que o sucesso que conseguimos alcançar na vida é resultado do esforço que fazemos para atingir nossos objetivos. É verdade que nem sempre conseguimos tudo o que nos propomos a fazer, mas os resultados positivos aparecem a partir do momento em que nos dedicamos a qualquer tarefa. 

Tive uma grata surpresa diante da receptividade de nossa última edição, a 817, que homenageou os 160 anos de Ribeirão Preto a partir de 36 empresas que fazem parte da história de nossa cidade. Uma edição que foi resultado de um trabalho de muita dedicação e empenho da redação da Revide, que nos permitiu distribuir pela região uma revista de 228 páginas.

A grata receptividade de nossa edição foi fruto de um trabalho bem feito pela redação, pela equipe comercial e pela equipe digital, que produziu um material complementar de qualidade e moderno. Tenho convicção de que nada disso seria possível sem grandes parceiros que agregamos em nossa trajetória de 30 anos. As relações que cultivamos, dentro e fora da Revide, fazem com que estejamos, a cada dia, mais próximos dos leitores, internautas e amigos.

Em uma de minhas últimas leituras, escolhi o livro “A Moda Imita a Vida”, de André Carvalhal, após a indicação de uma amiga empresária. Pelo título, parece que a obra toda gira em torno do mundo fashion, mas a indústria de roupas é apenas o mote de uma grande reflexão sobre qualquer empresa. 

No livro, o autor destaca que desenvolver uma marca tem a ver com construir um significado, que precisa ser nutrido e preservado. Não é vender um produto, mas buscar a identificação com aquele que recebe esse produto. É preciso ter coerência e constância para manter uma marca sólida, com um olho voltado para dentro, a fim de identificar sua verdade, e outro para fora, percebendo os movimentos do mundo.

Carvalhal também diz no livro que as marcas sem convicções próprias ou propósitos genuínos têm dificuldade em construir uma identidade e manterem-se relevantes ao longo do tempo. Quando elas são verdadeiras e conscientes, no entanto, prosperam. Por isso, é impossível construir uma “marca de verdade” se ela copia produtos, estratégias e ações. Não há discurso que resista à verdade.

Lendo tudo isso, aumenta ainda mais minha gratidão pelos 30 anos da Revide e à credibilidade que conseguimos conquistar ao longo dessas três décadas de muito trabalho, buscando sempre a nossa identidade, refletindo nossos leitores e a cidade em que vivemos. Uma revista e uma empresa propositivas, buscando inovações e sempre pautadas pela honestidade nas relações com o público, com parceiros e com a cidade.

Tudo isso me lembra o fio de Ariadne, história da mitologia grega que gosto muito. Ariadne, filha de Minos, apaixonou-se por Teseu e demonstrou seu interesse quando o rapaz se entregou por vontade própria ao Minotauro, um ser meio homem e meio touro que ocupava um labirinto. Todos que tentavam entrar ali não conseguiam sair, tamanha dificuldade em encontrar o caminho de volta. Ariadne, completamente apaixonada, ofereceu ao amado uma espada para combater o monstro e um fio, que serviu como orientação na trajetória e o guiou de volta ao mundo exterior.

O mito nos lembra a necessidade de sempre termos um fio condutor que nos guie quando procuramos o melhor caminho durante a vida. Seja um problema, uma dificuldade, ou a viabilização de um projeto. Precisamos de uma linha e um traçado que nos orientem. Cada um precisa encontrar seu fio de Ariadne. 

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