Quando tudo conspira a favor

Quando tudo conspira a favor

Quem me conhece mais de perto sabe que, pessoal e profissionalmente, minha busca diária é por renovar ideias. Essa capacidade de reinvenção, não tenho dúvidas, foi vital para me manter no segmento em que atuo até hoje. Na composição de uma revista semanal, é preciso redobrar a atenção e encontrar o equilíbrio entre manter uma proposta editorial definida e ser criativo, entregando conteúdos diferentes ao público. Por mais que a experiência vá dando uma certa segurança nessa dosagem, não há receita pronta para isso. Na dúvida, costumo investir na criatividade, o que, na minha opinião, torna a vida mais interessante.

Por acreditar nisso, despertou minha atenção o título do novo livro da americana Elizabeth Gilbert, autora do best-seller Comer, Rezar, Amar, chamado “Grande Magia – Vida Criativa sem Medo”. Classificado como uma obra de autoajuda, o livro traz uma série de reflexões sobre o processo criativo, em suas mais diversas manifestações. Nele, encontrei subsídios que apoiam uma crença pessoal: de que, algumas boas ideias passam à nossa frente esperando que a tomemos como nossa e, se não o fizermos, outra pessoa o fará. Algumas dessas ideias, aliás, chegam praticamente prontas, como se tivéssemos servido apenas como um meio de transporte entre o mundo imaginário e a realidade.

Na sua obra, Elizabeth destaca que alguns momentos produzimos algo maravilhoso que, mais tarde, ao refletirmos sobre aquela obra, percebemos que nem conseguimos definir de onde ela veio. Isso é raro, mas extremamente gratificante.

Guardadas as devidas proporções, uma ideia tomou conta da Revide na última semana: produzir uma exposição com fotos de mulheres que venceram o câncer de mama para encerrar o mês de outubro, quando são empreendidas inúmeras ações em torno da prevenção da doença. Convidar, pelo menos, 20 dessas pessoas para mostrar suas marcas na frente das câmeras já seria um desafio e tanto, que foi acrescido do prazo mais do que apertado de uma semana, entre convite, agendamento e execução das fotos. Pensando dessa forma, não seria estranho revelar que a ideia não progrediu. No entanto, de volta ao título da autora, a ideia foi abraçada por toda a equipe e saiu do papel de maneira realmente mágica.

Em pouco tempo, 22 mulheres se dispuseram a posar para as lentes da fotógrafa Lídia Muradás revelando suas marcas e histórias na tentativa de alertar outras mulheres sobre a necessidade de manter o olhar atento ao próprio corpo. Isso aconteceu, sem dúvida, porque a ideia apresentada foi abraçada por toda a equipe, que, por sua vez, encontrou os nomes certos, em um universo, infelizmente, bastante amplo. Juntamente com isso, parceiros, como o salão de beleza Luminus Platino, colocaram-se à nossa disposição para uma intensa rotina de produções pautadas pela simplicidade e pela beleza natural.

Foi, portanto, um daqueles casos em que tudo conspira a favor, o que me faz ter a certeza de que, sim, algumas ideias têm vida própria e só estão esperando por alguém que as olhe sem medo. E o medo tem pouco espaço na vida de quem prefere se pautar pela criatividade.

Revide Online

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