Sempre motivador

Sempre motivador

 

A minha experiência de um ano e cinco meses à frente da Secretaria da Infraestrutura e um ano e dois meses na Coordenadoria de Limpeza de Ribeirão Preto me ensinou muito sobre mim mesma.

A todos os amigos que me perguntaram sobre os motivos que me levaram a uma secretaria sobre a qual eu não tinha nenhum conhecimento — e, mais ainda, nenhum histórico técnico —, eu respondia que era o que me incomodava como cidadã. Ficava incomodada ao ver a nossa cidade suja ou, como ouvia os comentários, abandonada. O incômodo era — e é — ainda maior quando passo por ruas esburacadas.

Lembro que montei um plano de ação e fui atrás para saber os motivos de a cidade estar naquele estado. Claro que, antes disso, assumi um compromisso comigo mesma de tapar os buracos e falei isso para todos que me perguntaram. Aí começou a minha batalha diária: conhecer o orçamento da secretaria, as condições em que ela se encontrava, dos equipamentos aos servidores. Tive meu primeiro choque de realidade.

Não imaginava que seria com aqueles parcos recursos que eu iria contar, nem fazia ideia das dificuldades enfrentadas pelo município e pelas prefeituras, em razão de inúmeras questões que envolvem as finanças das cidades. Por circunstâncias da vida, nunca fui de reclamar do que eu tinha; sempre procurei ser assertiva com o que a vida me deu e partir para buscar soluções.

O tema convivência urbana sempre despertou um grande interesse em mim. Se não tivesse escolhido o Jornalismo, certamente teria feito Arquitetura e Urbanismo. Fico fascinada por esta relação da convivência do homem com o espaço urbano, a forma como ele interage e vive em comunidade, o que muda na cidade com aquele cidadão que se sente parte dela, que sente que o espaço público é dele. Esse pertencimento é o que faz a grande diferença na cidade bem cuidada.

Partindo de alguns desses pressupostos, fui buscar respaldo para melhorar esta paisagem urbana. A escassez de condições nunca me fez ter vontade de desistir. À medida em que ia conhecendo a máquina pública, vi que poderia ajudar mais na articulação dos recursos. Daí a transição para a Secretaria de Governo. Nela, é possível viabilizar os recursos e interceder pelo orçamento municipal, acompanhando de perto e buscando soluções.

A partir do momento em que aceitei esse novo desafio, fiz o mesmo caminho trilhado na Infraestrutura: era necessário entender como eu poderia avançar ou de que maneira contribuir na melhoria da administração. E foi isso que fiz. Percebo que é preciso que o Governo converse com a sociedade.

Não é possível governar apenas com ideias; é preciso pactuar. Se as pessoas não estiverem engajadas, tanto na administração quanto na comunidade, os avanços são pífios. É possível criar um sistema de bem-estar social com trabalho compartilhado e conjunto.

A minha prioridade agora é ajudar a Administração Municipal a conseguir os recursos necessários e fazer o trabalho que precisa ser feito na cidade, com um pavimento que não nos cause mais prejuízos. Assim, podemos ter uma cidade limpa e organizada, com os serviços públicos que sejam exatamente como devem ser: direcionados ao bom atendimetno ao munícipe.

Conseguir isso, não é uma questão de boa vontade, de ter apenas boas intenções, mas, fundamentalmente, de trabalho. É preciso ter foco e fazer com originalidade o que precisa ser feito. O prazer, a alegria e o desafio em buscar novas experiências são sempre motivadores.

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