Vida cuidada, vida longeva
A saúde sempre foi uma pauta permanente nas revistas que produzimos, porque esse tema está no cotidiano das pessoas. É só prestar atenção nas conversas do dia a dia que ouviremos alguém que está com alguma doença grave ou dores, existe sempre um conhecido, um parente próximo que está sofrendo de males do corpo ou da mente. Principalmente entre os mais velhos, este é um assunto recorrente.
Do ponto de vista pessoal, o tema saúde me acompanha desde sempre, porque vejo a prevenção como uma das formas de uma vida mais harmoniosa. Acredito na máxima que devo ir ao médico para não adoecer, não porque estou doente. Faço parte daquele grupo que desde muito cedo cuida da própria saúde. O check up é algo que me acompanha desde muito cedo, antes mesmo dos 30 anos. Acredito que esse seja o segredo da longevidade. Uma vida cuidada é possível que se torne mais longa.
Quando se acompanha os estudiosos da área da saúde, fica claro que o nosso estilo de vida é um reflexo direto das causas de morte mais frequentes no país. As cinco doenças que mais matam no Brasil são as cardiovasculares, o câncer, a pneumonia e outras doenças respiratórias, o diabetes e doenças associadas ao fígado e ao aparelho digestivo. O que explica a alta incidência dessas doenças está no desconhecimento em relação à importância da medicina preventiva.
Sempre me causou certa irritação que a questão da prevenção não figure como uma questão de saúde pública. As discussões em torno do assunto saúde acabam sempre na medicina curativa. A busca é cuidar da doença e não da saúde. Eu imagino a economia que o setor público faria se essa questão fosse efetivamente olhada como prioridade. É possível constatar que em cada novo governo o discurso sobre programas como saúde da família e tantas outras políticas que tentam implantar projetos de prevenção, mas que geralmente nunca obtêm muito sucesso. É só olhar os postos de saúde, pronto atendimento recebendo pessoas e mais pessoas que poderiam viver de maneira muito mais saudável sem precisar usar tanto o sistema de saúde.
O que eu mais gostaria de assistir na nossa cidade, no nosso país seria uma força tarefa entre as secretarias de saúde e esporte, trabalhando juntas para vermos uma população mais saudável e menos sedentária. A mídia está o tempo todo fazendo matérias, mostrando todo tipo de profissional da saúde afirmar de que o mínimo de atividade física melhora em muito a saúde física e mental do indivíduo. Não existe nada mais barato do que uma caminhada no início ou no fim do dia. Problemas de saúde surgem apesar dos esforços para evitá-los. É claro que há uma série de fatores que podem contribuir para o aparecimento de doenças, como a herança genética. A medicina preventiva é a melhor ferramenta para um diagnóstico mais rápido que pode possibilitar resultados mais eficazes no tratamento.
Se essa fosse uma política de estado e não de governos, certamente poderíamos assistir uma população com mais saúde e disposição para enfrentar as dificuldades cotidianas e com mais possibilidades de aproveitar da vida, com mais tempo para criar, inventar e se divertir com o que a vida tem de melhor.