Vida longa e próspera

Vida longa e próspera

Sempre fui adepta à prática de exercícios físicos. Faz alguns bons anos que frequento a academia três vezes por semana e, há algum tempo, também passei a correr na rua. Tem dias em que jogo squash, outras duas vezes por semana pratico yoga e aos domingos costumo pedalar na Ciclofaixa de Ribeirão Preto.

Sempre associei a prática de exercícios à qualidade de vida. Para mim, viver mais e melhor está intimamente ligado às atitudes que tomamos ao longo dos anos em favor de nosso bem-estar. Alimentação e movimentação do corpo são dois fatores importantes nesse sentido.

Pesquisas recentes indicam que a prática de esportes pode ampliar a longevidade. Um estudo deste ano, publicado nos Estados Unidos, mostrou que a prática do HIIT (sigla em inglês para Treino Intervalado de Alta Intensidade) pode nos ajudar a viver mais tempo. Para quem ainda não teve a chance de praticar, o HIIT consiste em uma série de exercícios aeróbicos de intensidade máxima realizada em um curto espaço de tempo. Essas atividades são intercaladas com rápidos momentos de descanso. 

Costumo praticar o HIIT algumas vezes na semana e a sensação que ele causa parece durar o dia todo. É impressionante como o resultado do treino pode trazer um efeito positivo que perdura por muito tempo.
Alguns amigos até dizem que eu deveria reduzir o esforço físico durante a semana, acham que eu exagero, mas acredito que cada um precisa ser conhecedor dos seus limites e do seu corpo. Isso é de uma satisfação tremenda. Enquanto a prática dos exercícios me fizer bem, servir como válvula de escape para o estresse e porta de entrada para boas sensações, manterei ativa essa rotina acelerada.

Defendo incansavelmente a tese de que todos precisam encontrar atividades prazerosas que permitam o movimento do corpo e que façam bem à mente. O sedentarismo, além de não permitir a produção de endorfina (que traz bem-estar), está associado a graves problemas de saúde, mas não é só isso. 

Praticar esporte está profundamente ligado à superação dos limites e à satisfação em ir cada vez mais longe. Eu, por exemplo, fui tomada por uma enorme alegria quando consegui completar 10 quilômetros ininterruptos de corrida na esteira. Só não fiquei tão feliz quando completei minha primeira corrida de rua de oito quilômetros porque o GPS marcou 7,5 km. Foram 500 metros a menos que me frustraram.

O que acho mais incrível nisso tudo é que as frustrações são totalmente passíveis de serem convertidas em vitórias. Esse meio quilômetro que me faltou na última competição certamente me dará uma alegria ainda maior quando eu conseguir completar, novamente, uma corrida mais longa. 

Exercícios não servem apenas para aumentar a longevidade, como comprovam inúmeros estudos. Servem para que passemos bem enquanto estamos vivos. Afinal de contas, de nada adiantaria existir por mais tempo se não estivéssemos em boas condições de aproveitar a vida. 

Compartilhar: