11 anos de “A Rush of Blood to the Head”

11 anos de “A Rush of Blood to the Head”


O que você, como músico-compositor de uma banda, faria se o seu álbum de estreia, logo nos primeiros dias de seu lançamento, alcançasse a posição de número um e entrasse para a lista de álbuns mais vendidos do século XXI, no Reino Unido? É difícil pensar num futuro depois de tal feito, não é?
Foi exatamente isso o que aconteceu depois de julho de 2000 na vida do Coldplay.

- Tudo bem, eu sei que muitos vão dizer: “Nossa, mas você ouve Coldplay?!”. Sim, eu ouço!
Voltando...

Após o lançamento de "Parachutes", primeiro álbum do Coldplay, em julho de 2000, e o reconhecimento mundial, a banda passou por um período de conflito existencial e os integrantes chegaram a passar por um período sem saber realmente o que estavam fazendo, se era o caminho certo a ser seguido ou não. Passada a crise, a banda escreveu e gravou o hit “In my Place”. Segundo o vocalista Chris Martin, foi a canção que inspirou o grupo a começar a compor para o segundo álbum da banda: “A Rush of Blood to the Head”. Pra mim é o melhor disco da carreira da banda. E hoje – dia 26 de agosto, completa 11 anos de seu lançamento.

A arte da capa de "A Rush of Blood to the Head" foi concebida pelo fotógrafo Sølve SundsbøA tragédia traduzida em música
O Coldplay começou a gravar o álbum em 2001, uma semana após o ataque ao World Trade Center. O desastre teve total influência sobre a sonoridade do disco: com letras mais urgentes; um sentimento de vulnerabilidade, casados com uma atmosfera “curta a vida, pois ela é breve”; composto com muito piano e guitarras acústicas. Com tais características, o segundo álbum do Coldplay vendeu 15 milhões de cópias em todo o mundo e tornou concreta o que antes era apenas uma promessa de banda grandiosa.

O álbum traz, além de “In my place”, “The scientist”, “Clocks” e “God put a smile upon your face” e é, na minha opinião, um álbum obrigatório para quem pretende conhecer o trabalho do quarteto inglês.

Algumas curiosidades

Durante uma entrevista à RollingStone, Chris Martin assumiu que só começou a compor músicas próprias pois não era bom em tocar músicas “cover” e que o Coldplay não passa de uma péssima banda de tributo. Pois, segundo ele, a maioria das músicas que compõem, não passam de cópias toscas de canções já existentes. “The Scientist”, por exemplo, um dos hits do álbum, surgiu depois que Martin ouviu “All things must pass”, disco de estreia do ex-Beatle George Harrison. O vocalista do Coldplay tentou tocar “Isn’t it a Pity” num piano que estava desafinado. Sem sucesso, o músico chegou aos acordes de “The Scientist” e gravou o piano e os vocais em Liverpool.

“Clocks”, outro hit, e a última canção a entrar no álbum, era pra ficar de fora de “A Rush of Blood to the Head”. Estava em um arquivo, intitulado “Songs for #3”. Com dez músicas finalizadas e prontas para serem enviadas para a gravadora, os integrantes acharam que o disco “estava um lixo” e pediram para a Parlophone adiar o lançamento. Após uma turnê, o empresário da banda ouviu as músicas inacabadas de “Songs for #3” e pediu – na verdade implorou – para que a banda concluísse “Clocks”. E assim foi feito.

Ouça o álbum


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