O barulho do playback do RHCP

O barulho do playback do RHCP


O que estava, realmente, por trás do baixo desplugado do Flea? Enfim, após muitos se demonstrarem desapontados e insatisfeitos com os músicos - e principalmente com o baixista (flagrado...rs), foi revelado pelo próprio, por meio da publicação de uma carta aberta no site da banda,  de que o ato foi premeditado e necessário.

Na minha opinião, por tudo o que ele já fez e representa, o Flea poderia tocar até com o baixo sem cordas. Na verdade, o que ele deixa claro na carta é que tudo foi pela qualidade do espetáculo.

Desrespeito com o público? Sinceramente não sei! O público presente me pareceu bem animado durante todo o show. Eu, em casa, gostei bastante.

Questão de escolha
Lembre-se que, no dia 15 de agosto de 1965, os Beatles fizeram um show para mais de 55 mil fãs no Shea Stadium – a primeira apresentação de uma banda em estádio.

Pois, o que a tem a ver os Beatles com o baixo desplugado do Flea?

Acontece que na época, o equipamento de áudio não era o suficiente para cobrir os gritos ensurdecedores de aproximadamente 60 mil pessoas. E, assim como os Beatles toparam tocar – mesmo com a possibilidade de não serem ouvidos durante a apresentação – o Red Hot Chilli Peppers também topou tocar ao lado do Bruno Mars: com baixo, guitarra e bateria pré-gravados. Tudo, segundo o baixista, pela qualidade sonora do evento. As vozes, segundo a carta, foram mesmo entoadas ao vivo!

“Quando a NFL [National Football League] e o Bruno pediram para que tocássemos a música ‘Give It Away’ no Super Bowl, foi nos deixado claro que os vocais seriam ao vivo, mas o baixo, a bateria e a guitarra seriam pré-gravados”, escreveu. “Eu entendo a posição da NFL nisso, já que eles têm apenas alguns minutos para montar o palco, e há um zilhão de coisas que podem dar errado e arruinar o som para quem está assistindo no estádio ou na televisão. Não houve espaço para argumentação, a NFL não quer o risco de que o show fracasse por causa de um som ruim, ponto.”

Em outro momento, Flea escreve: “Nós poderíamos ter usado os cabos para evitar esse tipo de comentário de pessoas que se dizem desapontadas pelo playback? Claro que poderíamos e isso não se tornaria um problema. Mas achamos que seria melhor não fingir”.

Foi tudo pela qualidade do espetáculo! Um outro dia qualquer de trabalho.
Tudo explicado, enfim.

P.S: Saudade do John Frusciante nas guitarras.
Aos que leem em inglês, tá aí a carta na íntegra.

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