Seja um mecenas, invista em artistas!
Bruno Silva
15 Ago 2013 12:32
Com o objetivo de obter reconhecimento e prestígio perante a sociedade, poderosos comerciantes, príncipes, condes, bispos e banqueiros, durante o Renascimento Cultural – nos séculos XV e XVI –, investiam em artistas da literatura, arquitetura, escultura e pintura.
Hoje, quem investe, sobretudo, quem trabalha em cultura – ainda – não tem o devido reconhecimento. Mas, artistas têm buscado cada vez mais o apoio financeiro do público para conseguirem gravar e lançar o seu trabalho. Através do Crowdfunding (literalmente, “financiamento da multidão”), uma maneira que músicos ao redor do mundo encontraram para captar recursos financeiros para realizarem shows, gravar e lançar suas músicas, muitos artistas têm conseguido, como era feito durante o Renascimento, um apoio para a divulgação de sua arte.
No Brasil, muitas bandas têm buscado o apoio através do Catarse.me – segundo a discrição do próprio site: “a maior comunidade de Crowdfunding do Brasil”.
Renascimento Cultural em Ribeirão Preto (?)
Em Ribeirão Preto, a banda Dom Amaro entrou para o grupo de bandas que buscam seus mecenas. O quinteto, formado em meados de 2008, já possui todas as músicas, que farão parte do álbum “Algures”, prontas. Mas, para conseguir gravá-las, a banda espera arrecadar 3,5 mil reais até o dia 6 de outubro. “Acredito que o CD, caso dê tudo certo, deva estar pronto lá pra janeiro de 2014. Mas, enquanto isso, a galera pode curtir as músicas em nossos shows”, explica Matheus Donavon Scavazzini, guitarrista e vocalista na Dom Amaro.
Como já citei, os mecenas investiam na arte de sua época em troca do reconhecimento da sociedade. De certa forma o Crowdfunding não é muito diferente disso. Os investidores podem, de acordo com o valor investido no projeto cultural, receber um brinde da Dom Amaro. Como: CD autografado pela banda, adesivo, desenho em quadrinho – feito pelo vocalista Ted Alves, ingresso para um show da banda, camisetas personalizadas, e até uma música com seu nome – legal, né?!. “O Catarse é coerente, pois cria um mecanismo onde o público que gosta financia e aposta no artista. Sobre essa tendência de mecenato, acho que até cabe como termo, mas há a diferença do espaço livre pro artista criar”, explica o vocalista Ted Alves.
Agora que você já sabe dos benefícios do investimento nos artistas da sua cidade, caro leitor, dê uma força para os rapazes da Dom Amaro – que são gente fina e mandam bem no rock miscigenado que fazem. Além do que, eles trarão novidades. Pois, segundo Matheus Donavon, a banda passa por uma nova fase sonora: mais madura e com influências diferentes dos trabalhos anteriores. “O que dá pra falar é que vai ficar bem ‘massa’. Já escolhemos encarte, que vai ter uma fotografia na capa, que inclusive está no site do Catarse em nossa página de doação. Sobre a sonoridade, estamos indo mais além em efeitos e experimentações. Até mesmo as letras e a pegada ficaram mais interessantes”, conclui Scavazzini.
Para investir
Basta clicar aqui, ler as especificações, escolher o valor e pronto!
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