COP26: Alerta contra o Aquecimento Global

COP26: Alerta contra o Aquecimento Global

Entre os dias 31 de outubro a 12 de novembro deste ano (2021), em Glasgow (Reino Unido) deverá ocorrer a COP26, nominada como “26a Conferência das Partes sobre Mudança Climática” sob o comando da ONU-Organização das Nações Unidas. Nesta reunião, a cúpula da COP26 deverá discutir ações concretas com o objetivo de acelerar e atender as demandas acertadas anteriormente entre os países signatários do Acordo de Paris e da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

O Acordo de Paris, refere-se a um tratado mundial celebrado entre 195 países, que preconiza fundamentalmente combater o aumento da temperatura no planeta Terra, provocado pelo aquecimento global, que por sua vez são originados pelos gases do efeito estufa, já discutidos por ocasião da COP21, em Paris (2015), que entrou em vigor a partir de 4 de novembro de 2016.

Cientistas conscientes e cidadãos bem informados sabem que a temperatura dos oceanos e da nossa atmosfera aumentam ano após ano, devido às massivas emissões dos gases de efeito estufa (GEE), originárias principalmente pela queima de combustíveis fósseis, assim como pelos desenfreados processos de desmatamentos e incêndios das florestas, elementos fundamentais para o equilíbrio ambiental global.

Um dos principais objetivos do Acordo de Paris seria a redução das emissões de gases do efeito estufa, possibilitando a limitação do aumento médio da temperatura do planeta em no máximo 1,5ºC. Entretanto, existem ainda várias outras metas, tais como: orientar adequações dos países signatários às mudanças climáticas, reduzindo a vulnerabilidade de eventos climáticos extremos; incentivar os países mais desenvolvidos a dar suporte financeiro e tecnológico aos países menos desenvolvidos, para o alcance das ações que levem ao cumprimento destas metas; fomentar o desenvolvimento tecnológico, a transferência e a capacitação, tendo em vista adaptações as mudanças climáticas e, por fim, incentivar a cooperação entre os diversos setores do poder público e privado, assim como de toda sociedade civil em seus vários segmentos, com o objetivo único de expandir e fortalecer iniciativas de mitigação frente ao aquecimento global.

Por outro lado, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC United Nations Framework Convention on Climate Change) tem como escopo buscar a estabilização das concentrações de gases que provocam o efeito estufa na atmosfera em um nível que não seja prejudicial ou incontrolável ao nosso sistema climático. Este controle e estabilização possui caráter de urgência, de tal forma que seja suficiente para possibilitar aos nossos ecossistemas, ajustarem-se de maneira gradativa e natural diante destas mudanças climáticas, garantindo a manutenção e/ou aumento da produtividade e da segurança alimentar, preservando-se o desenvolvimento socioeconômico e ambiental de forma sustentável.

Dados e informações provenientes da ONU apontam que este ano de 2021, tornou-se extremamente significativo e crítico em relação a batalha contra as mudanças climáticas, destacando-se que os países que compõem 70% da economia mundial, sendo responsáveis por cerca de 65% das emissões globais de dióxido de carbono – uma das emissões mais prejudiciais, já se comprometeram em reduzir a zero, estas emissões até o ano de 2050. Isto seria apenas o mínimo, para que possamos limitar o aumento da temperatura a 1,5º C, conforme preconizado pelo Acordo de Paris

Esta perspectiva aponta uma visão de boas promessas, mas pouco alentadora em relação a emissão de gases que poderão agravar o efeito estufa, que por sua vez acarretarão mudanças climáticas altamente prejudiciais ao planeta, especialmente em relação ao aumento gradativo da temperatura e suas consequências catastróficas. Nesta hipótese de mudanças climáticas (aquecimento global) ocorrerem, certamente todas as formas de vida serão afetadas (ou dizimadas), pois desestruturar-se-ão toda a cadeia alimentar, considerando-se a rapidez com que estes eventos se desencadearão. Entretanto, mesmo diante destas nefastas expectativas, alguns ineptos ainda acreditam que seria possível haver desenvolvimento socioeconômico desrespeitando e agredindo a natureza, conforme temos visto, principalmente em nosso país.

Enfim, apesar das críticas locais, é preciso dizer que tudo isto prescinde de uma ação global, cujas origens se embasam no conhecimento e consciência de coletividade de cada um dos cidadãos (ação local), que associados em seus diferentes níveis de ações, devem culminar numa coalizão global para atingir tais resultados, o que representaria o alicerce central das políticas públicas para um mundo qualitativamente melhor. Nesta perspectiva, faz-se necessário especificar que estas ações carecem sair do discurso da teoria política e ingressar nas searas das práticas cotidianas, com planos e metas bem claras, definidas e confiáveis, proporcionando um futuro com melhor qualidade de vida para todos, por meio de um desenvolvimento social, econômico e ambiental com sustentabilidade.

Imagem de Andrew Martin por Pixabay

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