Dia Mundial do Meio Ambiente

Dia Mundial do Meio Ambiente

Hoje, dia 05 de junho é comemorado o Dia Mundial do meio Ambiente, data esta que foi instituída pela Organização da Nações Unidas (ONU) com o propósito fundamental de chamar a atenção de toda a sociedade mundial para a gravidade dos problemas ambientais que estamos vivendo, assim como para a importância e necessidade da preservação de nossos recursos naturais, que sabidamente não são inexauríveis, conforme muitos desinformados ainda acreditam.

Esta data serve para nos advertir que precisamos cuidar melhor de nosso futuro, e foi criada por ocasião da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, no ano de 1972 em Estocolmo, capital da Suécia.

Praticamente, esta conferência ambiental foi a primeira reunião sobre a temática no mundo, onde se reuniram líderes de 113 países e 250 organizações internacionais, visando discutir os problemas ambientais mais emergentes no mundo daquela época, mas que decorridos 49 anos, pouquíssimas soluções práticas podem ser identificadas, embora tenha ocorrido um maior engajamento por parte da sociedade na tentativa de minimizar os impactos ambientais.

Paralelamente, quando falamos em “Semana Nacional do Meio Ambiente”, trata-se de um período comemorativo levado a efeito durante a primeira semana de junho, que foi criada no Brasil pelo Decreto no 86.028, de 27 de maio de 1981 como complementação ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Durante esta semana, especialmente em ambientes educacionais e corporativos são propostas atividades didáticas e pedagógicas relacionadas a educação ambiental e preservação do meio ambiente.

O tema representativo deste ano (2021) para o Dia Mundial do Meio Ambiente, que será sediado pelo Paquistão – anfitrião global da data, trata-se da “restauração de ecossistemas”, ocasião em que também ocorrerá o lançamento da “Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas” (2021-2030).

Sob a tutela de gestão subordinada a duas agências bastante representativas (ONU-Meio Ambiente e a FAO), serão discutidas questões como a “criação de empregos, segurança alimentar, enfrentamento da mudança do clima, conservação da biodiversidade e fornecimento de água”.

Atualmente, nossos ecossistemas estão sofrendo uma degradação sem precedentes, especialmente relacionadas a sustentabilidade dos sistemas de produção de alimentos em âmbito global, quando se constata que cerca de 20% da superfície do planeta aponta forte tendência de queda na produtividade, provocadas pela falta de manejo adequado do solo, ocasionando erosões, esgotamento e baixa produção de alimentos.

Prevê-se que nos próximos 30 anos estes processos de degradação dos ecossistemas (aquáticos e terrestres) associadas as mudanças climáticas poderão provocar uma redução na produção de alimentos entre 10% a nível mundial e até 50% em algumas regiões, o que significará a personificação do flagelo da fome para toda a humanidade.

Para eliminarmos este espectro sombrio da fome e da miséria que pairam sobre o nosso futuro, representados principalmente pela escassez de alimentos e de água potável, em decorrência da degradação dos nossos ecossistemas naturais, será fundamental o empenho de uma ação global pela restauração dos nossos ecossistemas, reunindo políticas públicas, pesquisas científicas, investimentos em recursos tecnológicos e humanos e, sobretudo pela efetiva união entre as nações. 

O projeto que integra as propostas da “Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas”, tema principal deste Dia Mundial do Meio Ambiente neste ano de 2021, poderá acelerar algumas metas já em andamento tal como o Desafio de Bonn, que pretende restaurar cerca de 350 milhões de hectares de ecossistemas degradados nos próximos 10 anos, meta pouco ambiciosa se considerarmos que estudos científicos indicam uma necessidade de restauração de cerca de 2 bilhões de hectares no mundo todo.

É preciso agir preventivamente evitando a degradação de nossos recursos naturais, assim como devemos engendrar ações inteligentes que possibilitem restaurar ambientes já degradados pelo homem, de tal maneira que possamos conciliar meio ambiente com produção e segurança alimentar, mas com racionalidade e sustentabilidade, frente aos nossos recursos naturais.

Entretanto, no Brasil em especial, pouco temos a comemorar em relação ao meio ambiente, aliás pelo contrário, enfrentamos uma situação esdrúxula e desestruturada diante de uma gestão ambiental extremamente avessa em termos de políticas públicas que possam nos conduzir a uma sustentabilidade socioeconômica para enfrentar estas adversidades que se avizinham.

Por outro lado, o que nos conforta ainda, é constatar existência de profissionais técnicos altamente qualificados em nosso país para a solução destes problemas, assim como a presença de uma sociedade que se mostra preocupada em estar informada e eventualmente atuante em defesa das salvaguardas ambientais. Pelo menos, ainda creio!

Imagem de Jens Enemark por Pixabay tree

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