Hard skills ou simplesmente habilidades profissionais

Hard skills ou simplesmente habilidades profissionais

Em alguns posts anteriores ou talvez até em vários outros momentos já nos referimos ao significado do termo skills (habilidades), soft skills (habilidades interpessoais) ou hard skills (habilidades profissionais), enquanto comportamento ou habilidades em nossas atuações profissionais nas empresas ou organizações, no campo da ciência, tecnologia, pesquisa, criação ou produção de bens e serviços.

Em relação a soft skills, conforme já explicitado, entendemos como algo relacionado às habilidades interpessoais, “em seus aspectos mais subjetivos e associados aos nossos comportamentos e forma como nos relacionamos com as pessoas, especialmente nos ambientes de trabalhos”, o que pode nos valorizar muito, nossas atuações profissionais e inter-relações corporativas.

Por outro lado, o conceito de hard skills, pode ser compreendido como aquelas habilidades relacionadas às nossas capacidades técnicas, no campo da atuação profissional, com base em nossos conhecimentos teóricos já internalizados e práticos, ou seja, na capacidade de fazer acontecer o que se pretende, enquanto produto final que pretendemos alcançar.

Geralmente, estas habilidades sempre foram as mais visadas pelos recrutadores na busca formativa de uma boa equipe de trabalho, pois estavam mais diretamente associadas às formações curriculares, uma vez que podem ser adquiridas de várias formas, principalmente por meio de cursos, certificados, qualificações e facilmente identificados por meio de testes práticos.

Isto significa que estas habilidades que poderão ser aprendidas, utilizadas, demonstradas e avaliadas de maneira bastante simples e prática, não devem ser interpretadas de forma isolada, uma vez que o processo integrado dos inúmeros fatores de competência, prescindem de vários outros componentes, assim como de uma ordenação estratégica para que resultem nos objetivos almejados.

Exemplo clássico deste evento, é o caso de um profissional que detém excelente informações e conhecimentos sobre um determinado assunto em sua área de expertise, porém, necessita manter um nível de excelência do conteúdo em pauta, além do interesse de seus interlocutores ao longo de uma aula, conferência ou reunião de trabalho, ou seja, verifica-se que neste episódio transitam inúmeros outros fatores que envolvem conhecimentos e habilidades à serem empregados de forma estratégica.

Hoje, tanto na área acadêmica, como em todas as áreas de formações e atuações profissionais, estas habilidades profissionais são altamente desejáveis, especialmente no processo de seleção vinculadas às demandas do mercado de trabalho, sobretudo quando atreladas à aptidão e domínio de ferramentas e softwares mais comuns, tangenciadas às novas tecnologias digitais (notadamente de programações, avaliações e controles); gestão de pessoas e projetos; análises e interpretação de dados (gráficos, imagens digitais); domínio e fluência de língua portuguesa (interpretação, escrita e fala); língua inglesa e outras linguagens emergentes demandadas pelo processo de globalização; tudo isso tutelado por uma capacidade de raciocínio lógico e interpretativo aplicado (o que é muito raro).

Sob outra perspectiva, mesmo se considerarmos a questão do embasamento teórico das soft skills, existe uma inegável tendência de que as vagas mais disputadas em termos de cargos de maior representatividade e responsabilidade numa organização, exigirão maiores habilidades técnicas e práticas, ou seja, estarão mais atreladas às exigências das hard skills, conquanto isto não significa uma regra geral no processo pelos motivos já expostos.

Deve-se observar que as habilidades interpessoais (soft skills), enquanto habilidades comportamentais intrínsecas, representam aptidões com significados menos tangíveis, porém, igualmente imprescindíveis para um excelente desempenho profissional, tais como boa comunicação, capacidade de liderança e de organização, integração em equipe, flexibilidade e adaptação, gestão de tempo, entre diversas outras.

Finalmente, é interessante registrar que as habilidades profissionais (hard skills) podem ser desenvolvidas pelos interessados, assim como as habilidades interpessoais, de acordo com o objetivos que se pretendem alcançar, além de considerarmos que não existe apenas uma habilidade específica de importância única, seja de caráter comportamental ou técnica, que atue como agente exclusivo e determinante em nosso sucesso pessoal ou profissional, uma vez que tudo vai depender da interação com outros fatores intervenientes (meio ambiente e suas ações e reações), assim como da capacidade de liderança, da área de atuação e dos objetivos que se pretendem alcançar.

 

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay 

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