Soft skills ou simplesmente habilidades interpessoais

Soft skills ou simplesmente habilidades interpessoais

Talvez você não saiba definir corretamente o significado de soft skills, porém já deve ter ouvido falar algo sobre tal, como alguma coisa relacionada às habilidades interpessoais, em seus aspectos mais subjetivos e associados aos nossos comportamentos e forma como nos relacionamos com as pessoas, especialmente nos ambientes de trabalhos, comportamento este em franca valorização nos meios empresariais-corporativos.

Para melhor entendimento do assunto, é preciso conceituar que esta competência corresponde a capacidade que um indivíduo possui em mobilizar suas habilidades, ou seja, o seu saber fazer, resultantes de seus conhecimentos (saber) adquiridos e suas atitudes (ser), de tal forma a resolver um determinado problema ou situação enfrentado em seu dia-a-dia, notadamente em seu ambiente de trabalho como líder de grupo ou equipe.

Neste aspecto, é preciso compreender também, que o entendimento destes conceitos se trata apenas de um fator, enquanto interpretá-lo se trata de outro, assim como o posicionamento que será adotado diante de uma situação, trata-se de um terceiro fator, embora inter-relacionados em seus processos de subsidiar decisões e atitudes comportamentais (habilidades) nas interconexões pessoais.

Tanto as habilidades emocionais, assim como as habilidades técnicas, ambas são imprescindíveis nos processos de reciprocidades à que estamos submetidos em nossos afazeres cotidianos, e são desenvolvidas e aperfeiçoadas por meio de metodologias e ferramentas específicas, embora devamos considerar que atualmente, as habilidades emocionais (inteligência emocional) são mais relevantes do que as habilidades técnicas, uma vez que estas são mais de caráter físicos e mecânicos.

Especialistas esclarecem que, de maneira geral, um indivíduo com um bom nível de inteligência emocional, paralelamente podem também possuir um bom nível de inteligência numa determinada técnica específica, entretanto, não se pode assegurar que o contrário corresponda sempre a uma verdade inconteste, uma vez que as habilidades emocionais as precedem e estão implícitas, embasando a priori às práticas das habilidades técnicas.

Porém, devemos deixar claro que, conquanto as habilidades técnicas sejam indispensáveis para quaisquer atividades na cadeia produtiva, os gestores buscam priorizar um profissional com boas fundamentações de habilidades emocionais, pois conforme já explicitado, aí já se esperam encontrar subjacentes as bases cognitivas para as habilidades técnicas. Em outros termos, é mais fácil e prático um supervisor treinar um novo funcionário para uma determinada técnica em específica, como aspectos de uma cadeia de logística (supply chain) do que propriamente buscar desenvolver habilidades emocionais, uma vez que estas possuem caraterísticas intrínsecas / genotípicas.

Afinal, quais seriam estas habilidades? Poderíamos elencar e detalhar várias delas, mas vamos apontar apenas algumas das mais expoentes, tais como a capacidade colaborativa (equipe, ideias, empatia, trocas, etc.), a capacidade de flexibilização (desafios, mudanças, evolução, etc.), a capacidade de resiliência (dificuldades, prazos, pressão, metas, resultados, etc.) e a capacidade de boa comunicação (clareza, objetividades, feedbacks, etc.), entre outras habilidades de convivência e inter-relações no âmbito das organizações corporativas.

Por fim, podemos assegurar que a imprescindibilidade destas habilidades interpessoais (soft skills) decorrem de suas características como habilidade de extremo valor profissional, tendo em vista as suas interdependências com a capacidade de elaboração, condução e produção de trabalhos ou produtos mais diferenciados ou sofisticados, seja intelectual (intangível) ou material (tangível), principalmente em se tratando de trabalhos que exigem integração em equipe multidisciplinares e/ou participações colaborativas.

Imagem Pixabay - by David Zydd

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