Tipos de cursos ministrados a distância

Tipos de cursos ministrados a distância

Hoje, com o crescimento vertiginoso das novas ferramentas tecnológicas (TICs), sob as mais diversas formas e tipos, existe uma forte tendência na qual o processo de ensino e aprendizagem submeta-se a estas influências, especialmente em relação aos cursos a distância (com seus prós e contras), notadamente, em tempos mais recentes com o advento da pandemia, ao qual aparentemente devemos nos habituar e conviver.

Há cerca de dois anos atrás, o Brasil já contava com mais de 134 milhões de usuário de internet, assim como suas tecnologias associadas, conforme informações do Comitê Gestor da Internet (CGi.br), o que na prática representaria cerca de 63% de usuários em relação ao total de nossa população, considerando-se que grande parcela das crianças já se utiliza destes recursos, à sua moda e, muitas vezes mais eficazmente que a população mais idosa.

Conforme comentado, com a chegada da pandemia e a necessidade do isolamento social, a busca por uma solução paliativa nos contatos entre as pessoas e na continuidade das atividades educacionais em todos os níveis, diferentes recursos tecnológicos foram apropriados para dar continuidade ao processo de aprendizagem a distância, agora renomeada para ensino remoto.

Mesmo considerando o retorno as saudáveis atividades presenciais, o ensino remoto, utilizando-se destas novas ferramentas tecnológicas vieram para ocupar o seu espaço, crescer e ficar, enquanto elemento somativo e complementar no processo educacional, formal ou informal. Isto significa estabelecer que em todos os níveis, desde a pré-escola, o ensino fundamental, o ensino médio e, chegando ao ensino superior (graduação) e até as pós-graduações (lato sensu – especialização e stricto sensu – mestrado e doutorado), prescindirão de uma forma ou outra do ensino remoto e suas ferramentas de informação e comunicação. 

Legalmente, em relação a educação formal, a educação a distância em nível de curso médio e profissional técnica, as normativas estão contidas no Decreto 9057/2017. Já, para a regulamentação, autorização e oferta dos cursos de graduação a distância, estas estão sujeitas à Lei 9394/1996, do Ministério da Educação, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Portanto, a educação a distância não se refere apenas aos cursos superiores de graduação e tecnológicos, mas também aos cursos de ensino médio e até ao ensino da pós-graduação em seus diferentes níveis.

Os tipos de educação a distância compreendem os cursos de graduação de formação de ensino superior, semelhantemente aos cursos presenciais, com a mesma duração de tempo, carga horária e validade legal, apenas com a diferença na utilização de recursos tecnológicos da informação e comunicação. Assim também são os cursos chamados de cursos formação tecnológicas, que possuem carga horária menor em relação a graduação, com tempo de duração entre dois anos a três anos, denotando uma qualificação mais rápida. Da mesma forma, os cursos profissionalizantes, muito demandados e semelhantes aos cursos técnicos, visam a preparação rápida de profissionais para o mercado de trabalho, apresentando uma boa relação custo-benefício, embora muitas vezes não possuindo a chancela do Ministério da Educação.

Um dos cursos muito procurado na modalidade a distância são os cursos livres, possuindo carga baixa carga horária e sendo bastante específicos – sem nível de escolaridade, muitas vezes esquecidos pelas universidades e que somente agora começam a olhar com mais atenção para as mesmas. Estes cursos não estão subordinados ao MEC, porém consta na LDB 9394/1996, quando se refere a educação profissional e tecnológica.

Os cursos de extensão a distância, geralmente utilizados como complementares aos cursos de graduação, com duração média maior que os cursos livres, rotineiramente servem como aprimoramento em uma determinada área dentro da formação do aluno. 

Na modalidade a distância, temos ainda os cursos preparatórios e os cursos de certificação, sendo que o primeiro objetiva a preparação do indivíduo para os vestibulares ou concursos públicos (boa demanda), e o segundo que normalmente qualificam o indivíduo para disputar uma determinada vaga específica de emprego, tais como nas áreas de tecnologias e processos de trabalho.

Por fim, mais recentemente surgiram os cursos corporativos a distância (e-learning), sendo cursos de treinamento (in company), muitas vezes de imersão com o objetivo de capacitar grupos específicos de uma determinada empresa, ou seja, visam treinar ou especializar grupos/equipes de funcionários em atendimento as suas normas e processos organizacionais internos.  

Certamente, a modalidade de ensino a distância tem sofrido grandes e rápidas transformações, em função das necessidades e demandas que vão surgindo a cada tempo, o que nos impede de delimitar ou especificar um rol de tipos de cursos que podem ser explorados por empresas públicas ou privadas no setor educacional. O que se pode afirmar, é que com o desenvolvimento de aplicativos e softwares com funções e capacidade de atuações mais diversificadas, o aprendizado por meio remoto passa a assumir um importante papel na educação formal ou informal da sociedade como um todo.

 

Imagem de David Schwarzenberg por Pixabay

Compartilhar: