A CHEGADA

A CHEGADA

 

Maria Helena Coelho Lastória

 

Este não é um conto de Natal, a única semelhança é que começa com o nascimento de um menino.

Já no berçário da maternidade chamava a atenção pela beleza da cor dos seus olhos. Fruto da composição do ciano com a magenta, o azul é a cor predominante na natureza, tranquiliza e acalenta.

Tudo corria bem até a hora da escolha do nome. A avó materna logo sugeriu: - Ariel, Raphael, Gabriel, Samuel. Todos nomes de seus anjos. 

O avô paterno, chegado em histórias antigas, propôs: - Marco Antônio, Júlio César, Augusto, Pompilio, Tarquínio e até Nero.

O avô materno tentou dar seu palpite baseando-se no futebol: - Christiano Ronaldo, Messi, Neymar, Pelé e Maradona. Antes não tivesse aberto a boca. 

A mãe que se mantinha calada, consultando seus sites pronunciou: - É Theo. Fui inspirada. Não tem nome mais apropriado para o meu bebê.  

De origem grega theos significa muitos deuses. A partir do cristianismo, passou a significar Deus.

Foi ovacionada por todos, pois o nome não poderia ser melhor.

Hoje temos um deusinho entre nós que saberá honrar seu nome.

Compartilhar: