A CONSTRUÇÃO IMAGÉTICA SOBRE A IDENTIDADE DO PROFESSOR BRASILEIRO, PRODUZIDA NO PERÍODO DE ISOLAMENTO SOCIAL

A CONSTRUÇÃO IMAGÉTICA SOBRE A IDENTIDADE DO PROFESSOR BRASILEIRO, PRODUZIDA NO PERÍODO DE ISOLAMENTO SOCIAL

Profa. Ma. Marina Delege

Profa. Dra. Elaine Assolini

INTRODUÇÃO

Seguindo uma perspectiva discursivo-mediológica, que trata objetos técnicos como um mídium, o qual se define na articulação de um vetor de sensibilidade a uma matriz de sociabilidade (DEBRAY, 2000), propomos analisar textos, em destaque memes, além de um discurso do presidente da república Jair Bolsonaro, os quais são muito divulgados em redes sociais. Destacaremos os que disseminam conteúdos sobre parte do imaginário constituído socialmente acerca da identidade do professor, principalmente, da profissão docente.

Desenvolvido por Richard Dawkins, em seu livro “O Gene Egoísta” (1976),  o meme é então postulado como uma “unidade de informação cultural que é replicada de pessoa para pessoa”, e por isso decidimos analisar tal objeto em decorrência de sua ampla circulação nos espaços midiáticos, sobretudo, nas redes sociais, uma vez que se trata de um gênero textual que ganha força nesses ambientes e carrega consigo informações sobre a sociedade, ou ainda, sobre o modo como a sociedade compreende acontecimentos e compartilha ideias. Nesse sentido, devemos entender o meme como um objeto técnico,

[...] na esteira da semiologia dos objetos e, portanto, que todos os dispositivos comunicacionais podem ser referidos como objetos técnicos. Um objeto técnico, portanto, é a formalização material do mídium, a inscrição material dos textos, e sua lógica aponta para as formas de circulação que suscita, viabiliza ou mesmo requer, portanto, as formas de transmissão dos discursos (CHIEREGATTI, 2018, p. 55).

E o objeto técnico focado aqui, portanto, é proveniente de informação veiculada nas mídias digitais, como: WhatsApp, Facebook, Twitter, Instagram etc. – ambientes de ampla circulação de materiais.

Com o intuito de perseguir os rastros institucionais que a materialidade linguística nos proporciona, na medida em que os sentidos produzidos pelas linguagens verbal e não verbal utilizadas nos memes circulam, identificamos as comunidades discursivas projetadas neles.

Consideramos tanto as condições de produção desses objetos, quanto os discursos reverberados por meio dos sentidos produzidos por essas linguagens, visando analisá-los para recuperar o imaginário com relação à figura do professor que se desenha discursivamente hoje, no Brasil, de modo que a identidade e o lugar social do docente se configurem socialmente. E, como objetivo geral, buscamos ampliar os estudos discursivos acerca das institucionalizações que conferem valores ao mercado simbólico, os quais acabam condicionando influências, consequentemente, sobre a realidade economicamente condicionada pelo professorado.

Dessa forma, buscaremos tratar os memes como um mídium de Debray (1992), ou ainda, definido de acordo com a perspectiva de Salgado e Delege (2018, p. 377, grifos das autoras):

O mídium é, então, um imbricamento do que se tem referido nos estudos discursivos por circulação com o que se costuma referir, mais amplamente, nos estudos da linguagem por suporte. Sem estabelecer uma relação biunívoca de noções, pode-se dizer, enfim, que o mídium se define na articulação de um vetor de sensibilidade a uma matriz de sociabilidade (DEBRAY, 2000b). Essas matrizes (institucionalidades fiadoras de discursos) são organização materializada (OM), ou seja, o modo como a sociedade disciplina práticas e cultiva valores produzindo sistemas de objetos 47 técnicos. Esses vetores (dispositivos inscricionais que afetam os sentidos de um texto e eventualmente até mesmo do que é um texto) são matéria organizada (MO), os próprios objetos técnicos que resultam de lógicas de uso e impõem lógicas de uso, nem sempre coincidentes, e que convivem também com resistências ou apropriações não previstas. A metodologia consiste, então, em conjugar OM/MO.

 

Suportes que dão sustentação a um discurso sobre os professores, em diferentes contextos e por meio de cenografias (MAINGUENEAU, 2005) variadas, apontando também para o ofício docente, assim como para o lugar social desses profissionais, o que identificaremos como certas práticas e valores correspondentes aos seus respectivos mundos éticos (MAINGUENEAU, 2008).

Nessa linha apresentada, reconhecemos que este estudo configura-se em uma versão inicial sobre os questionamentos que aqui serão levantados, principalmente, por se tratar de um assunto frequente, mas que assume materiais voláteis da modernidade, os quais volta e meia apresentam rastro, compartilhamentos, curtidas, comentários e em seguida, não mais. Isso dificulta o trabalho do pesquisador criterioso que deseja mapear o caminho e ligar as pontas compartilhadas no mundo ético disseminados nas mídias sociais.

 

OS ALCANCES DA MATÉRIA ORGANIZADA E A INFLUÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO MATERIALIZADA

 

Apesar de no Brasil os professores serem considerados os profissionais mais dignos de confiança – empatados com os cientistas, segundo o levantamento realizado pelo Instituto Ipsos em 28 países, entre os meses de abril e maio de 2021, o qual teve como objetivo medir a confiança das pessoas nas diferentes ocupações profissionais –, há uma força imagética disseminada na materialidade discursiva imperando sobre a força de trabalho dos professores, que ideologicamente se instaura na sociedade. Conforme afirma Charlot (2008, p.19), “a contradição entra na escola e desestabiliza a função docente. A sociedade tende a imputar aos próprios professores a responsabilidade dessas contradições”.

 

Figura 1. Resultados da pesquisa (Instituto Ipsos).

 

Ainda que Charlot (2008) estivesse se referindo a um período do século XX, esses acontecimentos ainda se fazem presentes em nosso contexto, sobre outras categorias e condições, posto que a conjuntura dada neste artigo se debruçará sobre conjunturas outras do século XXI, no colapso de uma pandemia.

Além disso, o profissional professor é diretamente atacado nos vários veículos midiáticos de ampla circulação, enquanto os demais trabalhadores são vistos como vítimas da atual conjuntura. Os professores são apresentados como desequilibrados, estressados, folgados, desleixados, palhaços, pobres, coitados, miseráveis, como veremos a partir de nossas análises, além de serem responsáveis por dar conta de tudo, de atividades que extrapolam a sua profissão.

Atualmente, objetos técnicos são compartilhados e expostos demonstrando os professores como profissionais plurivalentes, responsáveis por executar várias funções tanto profissionais quanto familiares, como podemos identificar pelas demonstrações verbais e não verbais apontadas no meme abaixo, por exemplo:

Figura 2. Meme 1- retirado do site de pesquisa google.

 

Um dos vetores de sensibilidade que se põe como MO é produzido a fim de forjar e manter o imaginário com relação ao professor como um profissional que realiza e é “TUDO”, além de ser “Agro, Tec, Top” e “a indústria e a riqueza do Brasil”, o que faz intertextualidade com o discurso publicitário do agronegócio, buscando associar as técnicas de produção e circulação do mundo moderno e tecnológico, referindo-se às novas demandas que a pandemia instaurou sobre o ofício do docente. Desse modo, os rastros da MO corroboram o imaginário sobre a identidade dos professores nas redes sociais.

Tanto a linguagem verbal, quanto a não verbal que complementa a ideia de responsável por “tudo” - pela limpeza (vassoura), cuidar do filho (criança), das avaliações, relatórios, diários (papel); da casa (cenografia de cozinha), ligações (telefone), e-mails (envelope), material didático, livros, estudos, trabalhos (arquivos coloridos), preparar as refeições (eletrodomésticos), além de dar aula síncrona ou assíncrona (notebook), tudo é apontado e direcionado à figura da professora, por diferentes mãos, ou seja, por delegações diferentes que representam âmbitos distintos da vida. Há, ainda, valores e julgamentos diversos, mas que dentro de cada um deles existe um mundo ético a seguir, principalmente, por se tratar de uma “professora” e não um professor que no meme não foi representado.

A partir dessa MO, foi possível identificar uma certa recorrência desse tipo de material durante o período entre 2020 e 2021 (momento de isolamento ocasionado pela pandemia da covid-19) nas redes sociais, assim como podemos ver na Figura 3 a seguir.

 

Figura 3. Meme 2 - retirado do WhatsApp em outubro de 2020.

 

Para tanto, nesse segundo MO selecionado, tomamos como ponto de partida a intertextualidade produzida pela linguagem não verbal, a qual faz relação com a obra de Leonardo da Vinci, produzida no século XVI, conhecida como Mona Lisa, originalmente intitulada La Gioconda (1503). É a obra de arte mais visitada do mundo e, portanto, a mais famosa. Mona Lisa representa uma mulher introspectiva, com um véu sobre os cabelos e que parece esboçar um intrigante meio-sorriso, o qual é considerado por muitos como tímido, mas sedutor, símbolo do conservadorismo da época que até os dias atuais é estudado devido às suas controvérsias.

 

Figura 4. A obra de Leonardo Da Vinci, La Gioconda (1503).

 

Com base na introspecção da obra-prima de Leonardo Da Vinci, o meme procura associá-la com a rotina mensal das professoras, de modo que dialogue com essa rotina no contexto do período da pandemia. Produz-se, assim, um paradoxo da perfeição do quadro da Mona Lisa com a imperfeição do cotidiano docente. Esse diálogo textual vai sendo construído a partir dos recortes verbais com as imagens. Dessa forma, o meme buscou evidenciar os períodos partindo de fevereiro, uma vez que é nesse momento que se deu o início da aulas presenciais, acentuando-se o bem-estar da professora por meio do cabelo com mechas, batom e maquiagem inseridos na obra. Além dos itens acrescidos, pode-se perceber que a primeira imagem da Mona Lisa é a mais amarelada – cor que transmite a ideia de credibilidade, otimismo, segurança, segundo os estudos semióticos.

A partir da segunda imagem, já no mês de março, quando ocorre o início da pandemia no Brasil, por volta da terceira semana do mês, os professores, de um modo geral, são surpreendidos com o período de isolamento social, e as escolas iniciam um processo de reestruturação do trabalho no formato home office. São decretadas normas e políticas públicas para a contenção da disseminação do vírus com o isolamento social, obrigando o uso de máscaras, pelo sancionamento da Lei nº 14.019/2020, em espaços públicos e privados durante a pandemia do novo corona vírus.

É inserido, então, o uso da máscara na composição do meme. E com um tom mais acinzentado da imagem, isso produz uma sensação de ausência de emoções, ou ainda, destaca sentimentos negativos.

Em abril, na terceira imagem, é marcado o início do ensino remoto, sinalizando todo conteúdo produzido e disponibilizado on-line, acompanhado das aulas virtuais ministradas de modo síncrono ou assíncrono pelo professor. É destacado, então, outro objeto, o smartphone, meio pelo qual o ensino passou a ser realizado, afinal as aulas se deram virtualmente. Há que considerar que nesse momento o uso de objetos pessoais como ferramentas principais do trabalho público ou particular, de modo a transpor barreiras particulares com profissionais, assim como o uso de objetos particulares como smartphones, tablets, notebooks do próprio professor.

De maio a novembro, no período de isolamento social, Mona Lisa é retratada com ganho de peso e, em dezembro, apresenta-se com o cabelo bagunçado, em oposição à perfeição de Mona Lisa. Os dois últimos quadros, portanto, de maio a dezembro, a professora fica com aspecto de cansaço, descabelada, exaurida, apática, o que é potencializado pelo uso de cores mais escuras em preto, cinza e marrom, passando a demonstrar ausência de sentimentos, de vibração, tristeza e até descontrole emocional.

É possível, portanto, destacar pela MO nesse objeto técnico o imaginário construído acerca da identidade do professor, mas que, assim como no primeiro meme apresentado, foi usada uma imagem de mulher, representando a professora, o que abre possibilidades também para destacar o preconceito de gênero, configurando-se em dialogia com a figura de Mona Lisa, com a apresentação de modo oposto a sua perfeição e sedução. Há referência à professora no período de isolamento social, que se mostra em uma rotina exaurida e desanimadora.

Desse modo, por meio da perspectiva discursivo-mediológica que está fortemente plasmada nas condições de produção e circulação desse tipo de material, podemos considerar que a partir dos vetores de sensibilidade, que aqui os entendemos como MO, os memes são capazes de dar sustentação, neste caso, a um discurso sobre os professores na pandemia, e, por extensão, sobre seu ofício, seu lugar social etc. Isso nos leva à matriz de sociabilidade em questão, ou seja, a certas institucionalizações, organizações sociais, ou ainda, pela teoria mediológica, à organização materializada (OM), que compromete a realidade do mundo ético desse ofício, dessa profissão.

É possível, ao seguir a metodologia discursiva pelo rastro da MO, identificar em outro campo, mas no mesmo momento histórico, a declaração feita pelo presidente Jair Bolsonaro durante a live presidencial realizada no dia 17 de setembro de 2020, conforme publicado pela revista FÓRUM, por Lucas Rocha:

"Ficam ouvindo sindicato de professores. Pessoal deve saber como que é composto a ideologia dos sindicatos dos professores pelo Brasil quase todo. É um pessoal de esquerda radical. Para eles tá bom ficar em casa, por dois motivos: primeiro eles ficam em casa e não trabalham, por outro colabora que a garotada não aprenda mais coisas, não volte a se instruir (Revista Fórum) (grifos nossos)".

Evidenciam-se no discurso presidencial julgamentos estereotipados acerca do ofício e do papel social que os professores executam, como podemos comprovar em: “Para eles (professores) tá bom ficar em casa (...) eles ficam em casa e não trabalham (...) colabora que a garotada não aprenda mais coisas, não volte a se instruir”, de modo que se estabeleça sobre a comunidade discursiva uma construção imagética no que se refere aos docentes brasileiros.

Todas essas transformações têm conseqüências sobre a profissão docente, desestabilizada não apenas pelas exigências crescentes dos pais e da opinião pública, mas também na sua posição profissional (nas escolas particulares), na sua posição diante de seus alunos, nas suas práticas (CHARLOT, 2008, p.20).

Portanto, além das mudanças socioculturais enfrentadas durante a pandemia, a MO, tanto de materiais como os memes quanto a fala de um presidente, que representam comunidades discursivas, são capazes de influenciar diretamente o imaginário instaurado socialmente sobre a profissão docente. Como podemos explanar com base no estudo feito pela Varkey Foundation, organização educacional (em destaque no Jornal de Brasília, 2020), a qual buscou avaliar a percepção da população de 35 países sobre a carreira docente, o Brasil é o país onde os professores têm menor prestígio na sociedade; a profissão é vista como sendo desrespeitada e mal paga, segundo informou a redação do jornal citado.  Dessa forma, circula-se discursivamente uma má compreensão do que seja um docente, consequentemente, instaurando-se imageticamente sobre sua identidade e papel social.

"Hoje em dia, [...] O professor ganhou uma autonomia profissional mais ampla, mas, agora, é responsabilizado pelos resultados, em particular pelo fracasso dos alunos. Vigia-se menos a conformidade da atuação do professor com as normas oficiais, mas avaliam-se cada vez mais os alunos, sendo a avaliação o contrapeso lógico da autonomia profissional do docente. Essa mudança de política implica numa transformação identitária do professor (grifos nossos) (CHARLOT, 2008, p.20)".

Apesar de os docentes terem ganhado autonomia, como afirma Charlot (2008), na prática, estão senso subjugados e afetados condicionalmente sobre o tipo de trabalho que exercem, a quantidade de tarefas que executam ao mesmo tempo, as responsabilidades sobre seu ofício, as inúmeras demandas encaminhadas, tanto profissional quanto pessoal, as questões de saúde mental, como o bem-estar físico e emocional, e consequentemente com relação aos resultados gerados no que diz respeito à aprendizagem.

Essa “autonomia profissional” transformou-se em excesso de tarefas e demandas com impedimentos variados e variáveis, que vêm de diferentes lugares e modos – apostila, coordenação da escola, direção, infraestrutura etc.

Desse modo, podemos evidenciar que as mudanças sociais refletem diretamente na profissão de professor, o que ocasiona uma reformulação estrutural na maneira de exercer o ensino, pois:

o professor trabalha emaranhado em tensões e contradições arraigadas nas contradições econômicas, sociais e culturais da sociedade contemporânea (...).  Por fim, o professor sofre os efeitos de uma contradição radical da sociedade capitalista contemporânea. Por um lado, esta precisa de trabalhadores cada vez mais reflexivos, criativos, responsáveis, autônomos – e, também, de consumidores cada vez mais informados e críticos. (grifos nossos) (CHARLOT, 2008, p. 21).

 

Entretanto, diz das necessidades de que esse profissional “precisa” ser sem que se delimite, ou melhor, estabeleça cerceamentos correspondentes às cargas horárias trabalhadas, aos exageros das famílias dos alunos, aos excessos solicitados pela gestão escolar, à falta de compreensão do ambiente público de trabalho com relação ao ambiente privado da pessoa-professor, ao uso de objetos eletrônicos pessoais para o trabalho institucional, à negligência com relação aos cuidados com a sua saúde emocional.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da visão discursiva-mediológica, buscou-se analisar alguns vetores de sensibilidade presentes na MO, sobre os quais sustentam uma ideia do que seja a identidade do professor (mais marcadamente de professora) no Brasil, forjada no período de isolamento social e (re)construída diariamente por meio dos objetos técnicos que circulam amplamente nas redes sociais. Dessa forma, buscamos trazer à tona os sentidos que estão sendo construídos nos textos que circulam amplamente nesse cenário sociocultural de isolamento social na pandemia da covid-19.

A partir do material analisado, considerou-se que a identidade do docente é  tratada no meme especificamente pelo gênero feminino “professora”, como uma profissional, primeiramente, que realiza vários tipos de tarefas ao mesmo tempo, tanto no âmbito pessoal quanto profissional e é responsável por “TUDO”, assim como, segundamente, sofreu com as consequências da pandemia e não conseguiu lidar com as problemáticas em seu cenário de trabalho, mostrando-se com despreparo emocional ao apresentar-se com aumento de peso, exaurida, apática e descabelada ao “final das aulas”, em oposição a perfeição de Mona Lisa, obra prima de Leonardo Da Vinci.

Podemos destacar as influências interligadas ao imaginário desse tipo de profissional capturadas a partir de vetores de sensibilidade que imperam sobre suas matrizes de sociabilidade e, consequentemente, levam a instaurar na realidade resultados de um valor constituído socialmente, causando uma problemática em torno disso, a qual mostra-se presente nas condições tanto econômicas, quanto socioemocionais, além da visão construída socialmente sobre como eles puderam lidar com o período de isolamento social.

 

REFERÊNCIAS

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CHARLOT, Bernard. O professor na sociedade contemporânea: um trabalhador da contradição. Revista da FAEEBA–Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 17, n. 30, p. 17-31, 2008.

DEBRAY, Régis. Transmitir: o segredo e a força das idéias. Trad. Guilherme Freitas Teixeira. Petrópolis: Vozes, 2000a.

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Redação Jornal de Brasília. Brasil é o país com menor valorização dos professores, indica estudo internacional. Jornal de Brasília. Disponível em: https://jornaldebrasilia.com.br/noticias/brasil/brasil-e-o-pais-com-menor-valorizacao-dos-professores-indica-estudo-internacional/. Acesso em: 06 fev. 2022.

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