JOGOS E BRINCADEIRAS EM SALA DE AULA: os pais precisam saber

JOGOS E BRINCADEIRAS EM SALA DE AULA: os pais precisam saber

Os educadores vem se valendo, cada vez mais, de brincadeiras e jogos para promoverem um ensino marcado por ações provocativas, lúdicas e prazerosas. Sabem dos benefícios para o desenvolvimento físico e psicossocial dos alunos, proporcionados por essas atividades.

Sabem, também, que é possível trabalhar diferentes conteúdos por meio de jogos, que exigem respeito às regras, aos limites de tempo e espaço, bem como à capacidade de suportar tensões, angústias e frustrações, em alguns casos. Construídos pelo educador ou pelas próprias crianças, os jogos podem romper com o tipo de ensino em que o estudante apenas escuta e copia, ou melhor, finge que escuta e copia.

 A brincadeira, por sua vez, possibilita à criança a expressão de sua subjetividade, o descobrimento e a apreensão do mundo no qual está inserida, a oportunidade de ressignificá-lo e, ainda, a socialização e a construção de raciocínio linguístico e lógico-matemático.

Mas, e quando os pais não sabem da importância dos jogos e brincadeiras? Vamos escutá-los: “As crianças passaram a tarde inteirinha brincando, acho que é por que é creche pública, não fazem nada mesmo”; Aqui as crianças só brincam, desse jeito é melhor ficar em casa”; . “Eu pago uma fortuna e o que ele mais faz aqui é brincar”; “Meu filho não vai escrever?. As crianças fica com esses joguinho,é bonitinho, acho bacana, mas não tem caderninho, como no meu tempo”.(Sic).Essas falas são alguns exemplos que ilustram o entendimento segundo o qual o trabalho pedagógico com jogos e brincadeiras resume-se a mero “passatempo”. Sem dúvida, trazem inquietação e desconforto para muitos professores, coordenadores pedagógicos e gestores escolares.

Para lidar com essa situação, muitas escolas, por ocasião das “reuniões de pais e mestres” explicam e esclarecem a respeito do trabalho com jogos e brincadeiras, mostrando como são confeccionados, trabalhados em sala de aula e as possibilidades de aprendizado para as crianças, que, aliás, vibram com esses recursos educativos. Aparentemente, os pais parecem entender que o lúdico contribui para o desenvolvimento integral da criança.

Proporcionar aos pais experiências semelhantes àquelas que são oferecidas aos alunos em sala de aula foi a alternativa encontrada por uma escola privada da nossa região. As diferentes experiências lúdicas vivenciadas pelos pais permitiram-lhes divertirem-se e “pintarem o sete”, tais como seus filhos. A partir disso, (re)pensaram suas queixas e conceitos a respeito dos jogos e brincadeiras na vida de seus filhos.

A solução encontrada por essa escola mostra não apenas que o lúdico afeta e mobiliza crianças e adultos, mas, também, que, nós, “adultos”, no fundo, gostamos de relembrar e reviver a criança que um dia fomos.

 Foto: Divulgação / Secretaria Estadual da Educação

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