MERLÍ: dentro e fora de sala

MERLÍ: dentro e fora de sala

Assistimos a série catalã “Merlí” (2015), produzida por Héctor Lozano, o protagonista é um professor de filosofia que leva os alunos a fazerem reflexões. Os alunos têm uma relação com o que vivem e aprendem nas aulas.

Em “Merlí” as aulas filosofia estão ligadas com a vida prática e suas inquietações. A série tem três temporadas, divididos em quarenta episódios. Cada episódio gira em torno de um filósofo e seus pensamentos. Por exemplo, em um episódio em que Platão é o filósofo discutido, Merlí fala sobre o mito da caverna, com Ivan, um aluno que sofria de uma fobia de andar em lugares abertos ou em meio à multidão, e por isso tinha deixado a escola para estudar em casa.

O professor constrói seu trabalho através do diálogo, e suas aulas nem sempre segue o currículo fixado pela base nacional, mas trata de assuntos importantes para os jovens, tais como transtornos psíquicos, bullying, sexualidade, suicídio e convívio social. Sempre tratando diretamente cada questão, falando verdades. E aqui, fazemos referência a Hegel, filósofo alemão, em que traz o diálogo, a tese, a antítese, o conflito e dele chegar a um encontro, reunindo o melhor lado de um e de outro.

Durante a trama, podemos ver que os alunos levam as informações apreendidas em sala de aula para a vida real, aplicando o que aprenderam. E assim, vemos a importância do ensino da filosofia nas escolas, de discutir educação e de como a escola é um espaço de aprendizado para a vida.

Merlí faz com que nos encantemos pela ideia de liberdade, pela busca constante das transformações dos alunos e principalmente pela construção do pensamento de forma independente. Pois esse é o papel da educação, fazer com que os jovens cresçam e tomem suas próprias decisões.

Profa. Isadora Guarda

Profa. Dra. Elaine Assolini

 

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