Dia perdido

Dia perdido

Hoje perdi o dia, deliberadamente.

Não soube o que fazer com o meu despertar precoce numa manhã de impossibilidades.

Gastei o tempo na espera , na escuta, na atenção com o corpo que sinaliza algo de errado.

Empenhei as energias na resolução de pequenos problemas, na busca de alguma solução.

Em algumas iniciativas fui bem sucedida, em outras há rabichos soltos e, nas mais importantes, nada consegui.

Perdi o dia colocando a mente na máquina de descanso, a TV, sem saber o que via, sem saber nem porquê.

Procurei  aplacar o vazio interno, que forma correntes de ar inexplicáveis, causa calafrios, desconfortos e medos,  com a delícia da comida.

Amo comer!! Confesso com culpa.

Perdi o dia e estou em vias de perder a noite.

Detenho –me aqui como se escrever fosse a salvação, e sei que de alguma forma é.

Então, para você que me lê agora, saiba que angústias não são exclusivas. Estão disponíveis ao alcance de todos e de vez em quando , mesmo com cuidados, atacam os que momentaneamente se esmorecem.

Vou!

Ainda dá para salvar a noite.

Ps: a noite foi curativa...

Eliane Ratier tentando se equilibrar nesta balança da vida

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