Julho de Mário Quintana

Julho de Mário Quintana

Quintana é o aniversariante do mês, dia 30.

Nasceu em Alegrette, Rio Grande do Sul em 1906 e morreu em Porto Alegre, em  maio de 1994.

O menino Mario nasceu prematuro, em dia de frio intenso. Foi alfabetizado ainda em casa, depois foi estudar, colégio militar, trabalhou em livraria,   ajudou na farmácia do pai, virou jornalista, escritor, poeta, tradutor.

Teve, como um de seus patrões, Érico Veríssimo,  outro expoente das letras, na livraria Globo.

Foi incentivado por Monteiro Lobato, que lhe encomendou um livro.

Nunca se casou.

Morou em hotéis por Porto Alegre. Passeava por suas ruas. Apreciava a solidão.

O Hotel  Magestic , onde o poeta morou muitos anos foi tombado e transformado no Centro de Cultura Mário Quintana.

Fabrício Carpinejar, escritor , diz que Quintana nem sempre foi assim, um doce velhinho, como aparece nas fotos, mas que foi moço e menino, só não sobrou fotografia desta época.

Muitos documentos de Quintana foram perdidos em suas muitas mudanças.

Foi amigo dos grandes de sua época apesar de pouco ter saído de sua terra.

Pleiteou o cargo de Acadêmico na Academia Brasileira de Letras por três vezes.

Na última, respondeu à negativa com o célebre  Poeminho do Contra.

Por ocasião de seu sexagésimo aniversário foi saudado por Manuel Bandeira, no ambiente da Academia, com o poema Quintanares.

Escreveu  prosa e poesia, para adultos e crianças.

Foi homenageado da Feira do Livro de Ribeirão Preto em 2014.

Seus poemas são feitos em  linguagem simples, com lindas imagens algo melancólicas e com humor sarcástico.

Muitos de seus textos fazem parte de livros didáticos.

Correção: Mário Quintana não morreu.

Quintana é eterno em seus textos e vive, agorinha, quando nos lembramos dele.

 

BIOGRAFIA

Era um grande nome — ora que dúvida! Uma verdadeira glória. Um dia adoeceu, morreu, virou rua... E continuaram a pisar em cima dele.

Mario Quintana (Caderno H)

 

  Poeminho do Contra

Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!
 

Mário Quintana
(Prosa e Verso, 1978)

 

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