Ribeirão e o Mundo

Ribeirão e o Mundo

                Ribeirão e o mundo

Primeiro quero me desculpar pela ausência.

Fiz um post tão bonito e por problemas de deficiência tecnológica, falha humana , perdi-o aqui mesmo.

Então o assunto foi se modificando e se tornou tão abrangente que tive que refazer a rota.

Vou falar sobre os nossos talentos (Ah! E como os temos!).

Sábado passado estive na apresentação da Orquestra Sinfônica, no belo, e nosso, Theatro Pedro II, regida pela maestrina ucraniana Viktoriia Ratsiuk.

Já tinha visto a maestrina em ação em julho, durante a apresentação da Orquestra no "Juventude tem Concerto", e fiquei impressionada com o seu curriculo, tantos feitos!, com sua energia e vontade contagiantes.

Na ocasião, fez a Orquestra brilhar plenamente, explorando todos os instrumentos.

Nesta última apresentação, ela trouxe ao palco solistas, músicos e cantores, e o coro da Orquestra em repertório eclético com muitas músicas conhecidas (como é bom ouvir o que se gosta!), e desconhecidas ( muito bom ouvir coisas novas!).

Vimos um desfile de talentos burilados no pouco tempo que Viktóriia esteve por aqui, dois meses apenas.

Artistas que aceitaram o desafio da exposição ao novo, que saíram da zona de conforto. Atiraram- se no abismo e voaram na magia da arte.

Da platéia sentíamos sua respiração arfante sob os sorrisos.

Vimos um coro que atuou, além de cantar fizeram de tricô à dança, uma loira que virou morena, cantoras que miaram, uma datilógrafa, solistas que fizeram cena, musas inspiradoras, um cantor que se fez poeta, um toureiro e muitas bonecas.

E assim, passamos a noite entretidos com a arte completa, pois Viktóriia nos serviu um banquete de todas as artes.

Não sei da relação íntima de trabalho, quero crer que tenha sido de ganho para todos, mas para mim ela se tornou uma querida.

Sinto sua partida.

Mas, assim como ela que veio do estrangeiro, outro olhar , outra cultura, para trocar, experimentar e agregar valor à sua própria vivência, o que a modificará e modificará o seu fazer,  muitos também tem vindo e outros tantos tem ido.

Vejo este movimento com os melhores olhos e torço para que aqueles que tem a audácia, e o destemor de abrir suas portas ao mundo, continuem com suas brilhantes iniciativas.

Ganhamos todos.

A Orquestra não é caso isolado, a maestrina Gisele Ganade ,do Coral Minaz, faz neste ano sua segunda edição do Festival de Ópera, trazendo solistas estrangeiros , oferecendo oficinas e proporcionando intercâmbios.

A mais recente iniciativa , de que tomei conhecimento, é a parceria do Madrigal Revivis, USP, regido pelo maestro Sérgio Alberto com um renomado coral paulistano.

Estas coisas tem acontecido em todas as áreas.

Amanhã começa a Bienal do Livro em São Paulo  e Ribeirão estará lá, com autores e editoras.

O mundo ficou pequeno, é hora de aproveitar para dar um passeio pelo mundo e mostrar a cara que temos.

Cara de Ribeirão Preto, cara de brasileiros, cara de gente de talento.

                                               Eliane Ratier - que está indo mostrar sua cara na Bienal

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