Novo Ensino Médio: para entender melhor

Novo Ensino Médio: para entender melhor

Em cumprimento à Lei nº 13.415/2017, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), as escolas públicas e privadas devem ter uma nova organização de seus currículos, alicerceada em três pilares: protagonismo dos estudantes, organização da vida escolar e da vida pessoal através de um projeto e desenvolvimento de responsabilidades e autonomia de escolas.

O Novo Ensino Médio apresenta, como primeira grande mudança, uma carga horária 25% maior, ampliando de 800 para 1000 horas anuais de aulas e atividades. A partir de agora, portanto, serão 3000 horas de aulas ao longo dos três anos, sendo assim divididas: 1200 horas durante o Ensino Médio serão destinadas aos Itinerários Formativos e 1800 horas serão para a programação de aulas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que apresenta as competências, habilidades e aprendizagens pretendidas para os estudantes em cada etapa da educação básica.

Os Itinerários Formativos são as aulas, atividades, projetos, e outras ferramentas para aprofundar os estudos dentro da área de interesse, observando as possíveis intenções de carreira dos estudantes na Universidade. Serão trilhas de aprofundamento e atividades eletivas pelos estudantes, sendo que cada escola pode organizar sua oferta de aulas dentro das seguintes áreas do conhecimento:

- Linguagens e suas tecnologias;

- Matemática e suas tecnologias;

- Ciências da natureza e suas tecnologias;

- Ciências humanas e sociais aplicadas;

- Formação técnica e profissional.

Cada escola tem autonomia para escolher como irá desenvolver seus itinerários, desde que atenda as diretrizes da Lei nº 13.415/2017 e não exclua disciplinas dos currículos da BNCC.  Além disso, visto que a grande característica é o protagonismo que o estudante deverá ter em sua vida acadêmica, é essencial que a escola e a comunidade sejam parceiras nessa fase, através da orientação de um Projeto de Vida, ampliador de possibilidades e direcionador das escolhas juvenis para a completude da formação pessoal e profissional, na percepção do ser humano, com suas vontades, expectativas e aptidões.

Se a escola em que seu filho estuda não está oferecendo os Itinerários Formativos, os projetos, as eletivas, é preciso conversar com a Coordenação/Direção sobre o Projeto Pedagógico, pois uma programação deficitária – às vezes elaborada para diminuir custos – pode trazer consequências graves quando seu filho tentar ingressar em uma faculdade. A capacitação para enfrentar os exames vestibulares deve acontecer desde o 1º ano do Ensino Médio.

Bem, mas se há tantas mudanças, os exames de vestibulares e o ENEM ficarão como são hoje? A resposta é “não”. Mas esse assunto fica para os próximos posts. Os pais que quiserem tirar alguma dúvida, podem entrar em contato pelo e-mail : [email protected].

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