O que ler para o Vestibular?

O que ler para o Vestibular?

Uma pergunta que sempre aparece nas conversas com os vestibulandos é: “o que eu devo ler para me preparar para a prova de Redação?”. E a resposta é bem fácil e genérica: TUDO!

É claro que, para o aluno, a resposta é insuficiente. Principalmente em uma fase que cada resposta correta vale pontos e, por isso, vale muito. Mas, o que significa esse “tudo”? Quer dizer que ele vai ler o MUNDO, no seu sentido mais figurado, mais objetivo, mais “by myself” possível. A formação do repertório sociocultural do vestibulando é de extrema importância para a sobrevivência dele na disputa, visto que também precisará de informação do dia-a-dia para poder responder a algumas questões e à Redação.

Vale ler revistas de esquerda, de centro, de direita. Não é a informação que fará a grande diferença. A questão será o que o leitor, o estudante, irá fazer com a informação. E não pode ter preconceito!

Outro dia, em um de seus artigos no jornal Folha de S.Paulo, o escritor Ruy Castro afirmou que criou coragem e saiu em “busca de Anitta na internet — para ver como era, afinal, a música que estava arrebatando o mundo e só eu nunca tinha escutado, visto ou cheirado”. Quem leu o artigo de opinião do autor de “Chega de Saudade”, sabe que ele se surpreendeu com o achado. Pois bem, o conjunto dessas informações, que muitas vezes parecem “cultura menor”, compõe o conhecimento do estudante, o seu arcabouço de informações.

Mas essa amplitude na busca do conhecimento, esta vontade da conquista do conhecer outras realidades, nem sempre é encontrado... até dentro de nós mesmos. Há alunos que têm repugnância em ler a revista Veja. Por vários motivos que não cabem aqui, agora. Tudo bem... cada um tem sua opinião e ela deve ser respeitada. Mas, vamos ver o tema de Redação da Fuvest 2018: Devem existir limites para a arte?. Na edição 2562 de Veja, o jornalista J.R.Guzzo publicou o artigo “Arte? Pense duas vezes”. Era só beber da fonte ou, no mínimo, polemizar a questão. Já a prova de Redação da Unicamp solicitou, como gêneros textuais, um texto para uma palestra e um artigo de opinião. O tema da palestra era “Pós-Verdade”. Na sexta-feira anterior à prova, a Veja 2565 trazia em sua capa: “Fake News - O golpe das notícias falsas”.  

A questão não é “ler essa ou aquela publicação” é interagir, ler, ouvir, assistir a muito de TUDO. Em meu site www.vestibulandosvencedores.com.br, eu procuro linkar matérias do Correio do Povo de Sergipe, da Zero Hora do Rio Grande do Sul, do UOL, do Jornal da USP que é sensacional para temas diversos.

Assim, o aluno pode não ler o Estado de S.Paulo porque é muito de “direita”, pode não ler a “Folha de S.Paulo” porque é muito liberal, jornal de “coxinha”, pode não ler as revistas de sua cidade porque são “provincianas”... provinciana é a cabeça de quem não se informa, não busca conteúdo, não sabe separar o que é útil do que é tendencioso dentro de uma publicação. É a punição, muitas vezes, aparece no Vestibular.

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