Quanto um técnico pode errar ?

Quanto um técnico pode errar ?

No último dia 4, na 11ª rodada do Campeonato Brasileiro de futebol, após um empate por 3 a 3 com o Fluminense, o técnico Vagner Mancini foi demitido da Chapecoense. A equipe chegou a liderar a competição por duas rodadas, já havia sido vice-campeã da Recopa Sul-americana, poderia ter se classificado para as oitavas de final da Copa Libertadores da América, - não fosse a escalação irregular do zagueiro Luiz Otávio, em uma falha administrativa e não técnica – e está disputando a Copa Sul-Americana. Além de tudo isso, Mancini levou um clube que sofrera uma tragédia no final do ano passado ao título estadual de Santa Catarina.

Um mês antes, Dorival Júnior, então técnico do Santos, fora demitido após perder um clássico para o São Paulo, na Vila Belmiro, por 2 a 0. Isso porque o time havia terminado invicto a primeira fase da Copa Libertadores e estava classificado para as quartas de final da Copa do Brasil. Dorival ganhou o Campeonato Paulista de 2016, foi vice-campeão da Copa do Brasil 2015 e do Campeonato Brasileiro de 2016.

Na segunda-feira, dia 3 de julho, fora a vez de Rogério Ceni ser demitido do cargo de técnico do São Paulo. Se não havia conseguido conquistar nenhum título expressivo em seis meses, - somente a Florida Cup, em janeiro, ao vencer o Corinthians nos pênaltis – Ceni é um ídolo para a torcida são-paulina, foi Campeão Mundial Interclubes, fez parte da equipe penta- campeã mundial na Copa de 2002, goleiro-artilheiro recordista. É exemplo de perseverança, pois no começo da carreira, ficou quatro anos no banco de reservas do São Paulo Futebol Clube esperando uma chance de ser titular. Enfim, ele é Rogério Ceni.

Mancini, Dorival, Ceni são vencedores, verdadeiros campeões como técnicos ou atletas. Com certeza, todos com trabalhos sérios, voluntariosos, táticos, mas não suficientes para que fossem mantidos nos cargos a fim de tentar conquistar mais títulos. Onde estariam os erros de cada um deles ? Quanto um técnico de futebol pode errar ? Pelas demissões, parece que a margem de erro tem que ser bem pequena e o percentual de acertos, elevadíssimo.

 E você, vestibulando, quantas vezes você pode errar ? Ainda em férias, é hora de refletir sobre as falhas cometidas no primeiro semestre deste ano para buscar melhorias, antes que os exames vestibulares nos cobrem os resultados. Para nós, não existem empates. Temos vitórias com aprovações ou derrotas, com as reprovações. Vamos buscar a nossa excelência e errar o mínimo possível.

Se servir de alento, fica a frase de Rogério Ceni , em sua carta de despedida, no Facebook: “Quem vence sem riscos, triunfa sem glórias”.

Arrisquem-se, mas calculem esse risco nos exames vestibulares e na Vida.

Compartilhar: