De mãos dadas na caminhada educacional

De mãos dadas na caminhada educacional

      A ansiedade em torno do sistema educacional remoto é geral. Impossível negar que os nervos estão à flor da pele e a situação, por um fio de arrebentar. Um fio como o de cabelo, tão fino, quando isolado, e aparentando ser tão frágil, mas, bem resistente, que não se deixa romper tão facilmente. O cansaço emocional que parece muitas vezes ser tão gigante e invencível. O medo de não estar cumprindo metas por não estar no ambiente natural da interação escolar e o senso crítico de responsabilidade por não estar conseguindo atingir a todos os alunos. Enfim, tantos sintomas provocados pela Pandemia e pela necessidade obrigatória do ensino remoto, que promoveu uma adaptação forçada a uma modalidade nova de ensino, como o uso da tecnologia, e impondo a condição de trabalhar à distância sem contato social.

     Sendo assim, o que mudou na vida dos profissionais da Educação desde que a situação pandêmica começou? Por que a Educação vem sendo um dos setores sociais muito atingidos? Do que a equipe pedagógica precisa para o que fio não arrebente e o retorno escolar aconteça da forma mais sutil possível, considerando a fragilidade e o prejuízo causado à Educação desde que foi instaurado o ensino remoto?

     É um fato inegável que professores e equipe estejam enfrentando um momento bastante desafiador no que diz respeito à saúde emocional e física como reflexos de um stress enorme em virtude da Pandemia, pois além de ter passado por uma adaptação imposta como indispensável, todo e qualquer profissional educacional é um ser humano que tem uma vida pessoal e também sofreu as conseqüências das restrições provocadas pela Covid-19. É extremamente normal e se faz muito importante entender e compreender com total empatia, que toda estrutura da vida de todas as pessoas sofreu com as condições impostas pela Pandemia.

     Por isso, acolher e acolher com bastante tranqüilidade e amor, a todos nesse momento, se faz imprescindível para que a caminhada educacional aconteça e gere frutos bons à base da luz do conhecimento e da construção da aprendizagem que promove competências para que a sociedade se forme e transforme, mesmo que sentindo ainda por um bom tempo, os reflexos dessa mudança de rumo, principalmente, a nível educacional. É só por meio de uma construção de aprendizagem realmente focada em desenvolver um ser humano apto, capacitado e responsável por contribuir com sua própria vida e a vida da sociedade, que o mundo pode colher frutos melhores e se recuperar dos efeitos provocados por essa redução na marcha da caminhada humana.

      A Educação talvez leve uns 10 anos para se realinhar na sua proposta básica. Ler e escrever bem já são uma necessidade gigante da sociedade, principalmente, no Brasil. Infelizmente, a população brasileira passa por uma fase bastante debilitada nesse aspecto, pois entender e decifrar uma simples mensagem digital tem sido bastante desafiador, quando, por exemplo,  respostas como “sim” se tornam, facilmente, “SS”, ou muitas vezes, o corretor ortográfico do celular sugere palavras que não passam pela revisão de quem digita e são facilmente inseridas no texto, como, por exemplo, “mais” no lugar de “mas”.

      Dessa forma, a vida continua e a proposta educacional precisa estar cada vez mais alinhada ao bem estar de todos. Por isso, considerando a interação entre profissionais da educação e alunos, como a magia para que a aprendizagem se desenvolva, é fundamental que todos estejam sob o olhar da tolerância, da empatia, do amor que acolhe, compreende, mas que, acima de tudo, sinaliza e mostra a melhor direção e como seguir nesse caminho tão bonito, que é a Educação. Tendo em vista, que todo caminho se faz ao caminhar, construir essa caminhada, chamada educação, de mãos dadas e bem acolhidas, pode ser a luz que brilha e ilumina todo o trajeto.

Foto principal com Download gratuito do site Pinterest. 

 

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