A Escola pós pandemia e o novo professor.

A Escola pós pandemia e o novo professor.

A Escola, que o mundo conhecia antes da Pandemia, não existe mais, pois as necessidades sociais, cognitivas e emocionais dos alunos mudaram nesse tempo em que houve o afastamento do espaço escolar. Tudo está diferente e só será possível caminhar construindo uma Educação nova, se equipe pedagógica, professores, alunos e seus familiares estiverem focados em se reinventar e entender todo esse novo momento.

Sendo assim, o que mudou? Como pode ser a nova figura do professor? E qual é o formato da escola nova para que, realmente, esteja de portas abertas a chegada dessa geração nova de alunos e familiares?

O mundo passou por um trauma gigante, que veio de repente e não é exclusivo de uma cidade ou uma escola ou culpa de um só grupo. Aconteceu e toda a população mundial precisou passar por isso. Agora, com o retorno ao convívio social e mais precisamente à escola, é fundamental que haja uma conversa muito bem alinhada entre todos onde se ouve mais que se fala. E quem mais precisa ouvir é quem mais tem condições de acolher, mediar e intervir.

Nesse caso, o professor precisa se reinventar e recriar a forma de ministrar suas aulas a fim de tornar tudo mais dinâmico e leve o que ainda é pesado e carregado de sentimentos e dúvidas. Ninguém está totalmente livre de sentir medo, só porque parece que a Pandemia acabou ou porque a taxa de contaminação diminuiu. Traumas aconteceram, perdas de familiares existiram, amigos foram embora, crises ocorreram, enfim, cada aluno tem uma vida fora da escola e todos têm uma história para contar.

Por isso, não dá para ignorar tudo isso e achar que qualquer conteúdo curricular faz sentido. O que faz sentido precisa ser contextualizado e ser leve. O que os alunos precisam é de conforto, afeto, organização e rotina. Toda disciplina significa amor. Quem ama, educa.

E todo professor que cuida e educa, ensina seu aluno a desenvolver competências como a 9 e 10, previstas na BNCC, que dizem o seguinte:

“Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza”.

“Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”.

Sendo assim, o professor pós pandemia precisa estar alinhado ao aluno, ouvindo mais suas necessidades para que esse lhe responda e entenda a importância de se desenvolver como cidadão e parte integrante de um mundo novo.

Um mundo, que está acontecendo dentro das escolas que, por sua vez, são a base para acolher toda essa estrutura e dar conta da missão de ser o palco desse espetáculo tão grandioso, chamado Educação. Transformar vidas e a sociedade é a tarefa mais importante. E, para isso, a escola só precisa acolher, ouvir e mediar com respeito, carinho, empatia, senso crítico e saber coletivo, organizando o que foi bagunçado pelo Coronavírus.

Para isso, a escola precisa estar alinhada com toda a sua estrutura e contar com todos tendo o mesmo objetivo e um olhar para o futuro, sem ficar chorando o leite derramado. O que passou, passou. Agora, é seguir, confiando na grande capacidade de adaptação humana.

 

Imagem destaque com download gratuito pelo link Cone De Escola Aluno Conselho - Foto gratuita no Pixabay acessado dia 10/04/2022 às 11h30. 

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