A razão que o Coronavírus não tem

A razão que o Coronavírus não tem

Um vírus, uma tempestade, uma crise, e tudo o que promove conflito e a necessidade de novo alinhamento, têm, justamente, a função de reorganização do que estava saturado ou apenas mostrar à humanidade que certas questões sociais não estavam como devem ser. 

Mais uma vez, é a ciência à base da razão que oferece à espécie humana o entendimento necessário à compreensão e elaboração de tudo o que diz respeito ao Coronavírus  e de como ele move a humanidade em torno de seu ataque e existência. 

E qual a razão ou motivo disso tudo? Por que humanos entram em conflito por amor e egoísmo? Qual emoção deve ser aliada para se vencer essa guerra? 

Analisando sob o conhecimento científico, é bem claro e fácil de entender que todo o planeta é formado por um composto químico que promove a vida e a existência de seres. Por isso, todas as espécies estão sujeitas a intercorrência como essa pela qual o mundo está passando. 

Sendo assim, existe uma resposta que justifique, satisfatoriamente, tal ocorrência? Talvez, a única mais racional seria considerar que a humanidade está sendo destruída, porque não tem resistência a esse vírus. É uma guerra entre humanos e um único ser que se desenvolveu e promoveu uma grande confusão. 

E, por que, no meio desse conflito global, com esse entendimento tão claro, ainda existem humanos que questionam sobre  o amor e o egoísmo nas relações interações pessoais e profissionais? 

A Organização Mundial de Saúde recomenda o "fique em casa" para um humano salvar a si e aos outros. 

Num entendimento prudente, haveria mais sabedoria, como propõe Baltasar Gracián no livro "A arte da prudência, ao dizer que " as situações perigosas colocam nosso bom senso na berlinda e é mais seguro evitá-las por completo. Aquele que caminha à luz da razão, avalia a situação e percebe que há mais valor em evitar o perigo do que em vencê-lo". 

Dessa forma, a razão para a sobrevivência humana está na emoção do amor ao próximo como a si mesmo, como propõe a religião. 

Para lidar com a Pandemia, o amor deve se sobrepor a qualquer possibilidade de consideração sobre o que é egoísmo, pois agir racionalmente é evitar o contato social e a disseminação do vírus. O amor ao próximo se faz, quando o isolamento diminui a sobrecarga de um sistema hospitalar, que, atualmente,  não tem estrutura para caos, e previne, assim, uma escassez de recursos. O amor deve acalmar a mente e agir no organismo humano à luz da razão permitindo entender que quem precisa sair de casa não está sendo abandonado socialmente por quem está em casa. Não é egoísmo, ficar em casa. Ficar ou sair são condições humanas que existem com ou sem pandemia. Escolhas profissionais, responsabilidades e funções sociais são características baseadas em tudo aquilo que faz sentido a cada um e uma tomada de decisão perante a vida. Cada ser humano tem a sua missão na construção e manutenção da vida. E o vírus pode afetar quem está ou não em casa. Por isso, não existe egoísmo onde existe risco a qualquer um. 

Para Emmanuel, "quem tem consciência, age melhor". 

E para Gracián, no livro citado, "as pessoas inteligentes se armam com munição de saber requintado; um saber prático e atualizado; mais informativo do que vulgar". 

O egoísmo só existe, quando a discórdia, dúvida e perturbação sejam mais fortes que a razão. E nesse momento de calamidade universal, já basta um vírus que nem tem raciocínio lógico, para causar tanta confusão.  

Por isso, ter a habilidade de entender que o momento pede mais amor, mais calma, mais serenidade, proporciona ao mundo uma energia mais tranquila com a qual todos se beneficiam. 

 

Imagem baixada do site Pinterest. 

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