O luto sem despedidas

O luto sem despedidas

Segundo o psicanalista Ionan Ferreira Santos, a Covid-19 trouxe para a Psicanálise um grande desafio em relação ao luto. “De repente, alguém que batalhou por dias ou meses pelo direito de sobreviver, dentro de uma UTI hospitalar fria e solitária, simplesmente desaparece. Sem despedida e sem dar a chance aos entes queridos de prestar as últimas homenagens. Urnas lacradas, sem cerimônias, sem corpos à mostra ou à luz dos olhos daqueles que sofrem. Como entender esse processo de perda, a ausência de alguém que se ama, se não vimos a pessoa partir? Esse é mais um dos legados ou resultados deste momento tão difícil. Como lidar com o luto sem o adeus: eis o mais recente desafio dos psicanalistas”, comenta.

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