Pelo fim da invasão

Pelo fim da invasão

Vizinhos de área invadida buscam ajuda de vereadores e denunciam problemas da região

Moradores dos bairros Cidade Universitária, Jardim Paiva, Planalto Verde, Emir Garcia e Wilson Toni estiveram na Câmara Municipal durante a sessão desta terça-feira, dia 3, para pedir aos vereadores que ajudem a acabar com a invasão na área onde está prevista, há sete anos, a construção do parque Rubem Cione.

Segundo Ocimar Henrique Carvalho, representantes dos moradores e que foi à tribuna pedir ajuda dos parlamentares, o problema da região não é apenas a invasão, mas a destruição de vegetação do local e de imóveis que deveriam ser preservados.

A Prefeitura entrou com pedido de reintegração de posse, a Justiça determinou a saída dos invasores em 30 dias e a Administração Municipal recorreu para que o prazo seja reduzido.

“Para nós, não adianta apenas acabar com a invasão e retomada da área. É preciso tirar o parque do papel, para que novos invasores não se apropriem do local”, disse Ocimar. Ele ainda denunciou que no local já há placas de vendas de terrenos, com possibilidade de troca por carros e motos.

“Viemos pedir socorro. Pedir que os vereadores olhem para nossos bairros, porque não temos apoio da Prefeitura. A Zona Oeste está abandonada”, comentou afirmando que falta segurança na região.

Ocimar reclamou ainda de um vazamento de esgoto que escorre na região e forma um “piscinão” na rua Senador Teotônio Vilela. Por fim, ele apontou que há representantes dos invasores que estão ameaçando as mulheres dos bairros próximos.

“Eles esperam os homens saírem para o trabalho e ameaçam as mulheres. Já chegaram a pedir aos moradores que levantem R$ 200 mil para que eles deixem a área. Caso contrário vão espalhar o terror”, contou Ocimar.

Não é fácil acreditar que tal situação realmente ocorra. É o caso de se investigar as afirmações do morador. Se forem verdadeiras, a invasão do local deixa de ser um problema de política habitacional para ser um problema de polícia.

INFORMAÇÕES
O vereador Beto Cangussú (PT) quer informações “esmiuçadas” da Prefeitura. Cansado de não receber as respostas que esperava ter da Administração Municipal o vereador já requereu informações sobre a tramitação dos questionamentos no governo municipal. Recebeu a resposta e soube que há pessoas destacadas para responder aos requerimentos dos vereadores. Agora, em novo requerimento aprovado, ele quer saber o nome de cada pessoa que cuida do assunto na Prefeitura. “Assim, quando permanecerem dúvidas saberemos a quem nos dirigir”, afirmou.

COMBUSTÍVEL NAS ALTURAS
O vereador Coraucci Netto (PSD) apresentou requerimento de constituição de uma Comissão Especial de Estudos (CEE) para analisar o preço dos combustíveis em Ribeirão Preto. Segundo ele, há muitas notícias de cidades da região onde o etanol, a gasolina e o diesel são mais baratos. “Há pessoas que vão para a região abastecer seus veículos. Queremos saber porque os preços aqui são mais elevados”, disse. Em um mês o preço do etanol foi aumentado em mais de 30%, chegando a R$ 2,70 o litro.

BANDA CONTINUA
Por enquanto, a Banda Marcial Duque de Caxias continua sua existência. Na sessão desta terça-feira, dia 3, os vereadores votariam projeto que revogaria a lei que criou a corporação musical, mas ele foi retirado da pauta. Em sua justificativa para o encerramento do grupo, a Prefeitura diz que a banda já deixou de existir desde o primeiro semestre deste ano. Há quem diga, no entanto, que a banda não existe porque o poder público deixou de custear os gastos.

ACESSIBILIDADE
O vereador Jorge Parada (PT) instalou nesta terça-feira, a Comissão Especial de Estudos (CEE) que analisará a acessibilidade dos prédios públicos municipais. Ele disse não ter ideia do número de locais onde a acessibilidade ainda está prejudicada, mas que fará o levantamento. Não será difícil. Há no Facebook grupos que sabem exatamente onde a acessibilidade está longe de existir.

ELE DISSE
“Votei favorável porque acredito que o projeto aproxima a Câmara Municipal da população”
Ricardo Silva (PDT), vereador e líder da oposição no Legislativo ao justificar porque apoiou o projeto que acaba com a manobra da obstrução, para encerrar a sessão, na Câmara.

Fotos: Silvia Morais/Câmara Municipal

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