
Acerte no voto
Os brasileiros chegam neste domingo a uma eleição presidencial mais disputada da história. Com fatos inéditos pontuando a disputa, como a morte de um dos candidatos e a presença de uma candidata substituta que chegou ao terceiro lugar mesmo que pouco mais de um ano antes não tenha conseguido criar um partido.
Foi uma campanha aguerrida, sofrida. Os candidatos expuseram suas ideias, mas exageraram nas críticas, na “destruição” do outro. Torcedores também brigaram nas ruas e redes sociais. Amigos desfizeram amizades, tudo em nome de uma disputa que, claro, reveste-se da maior importância.
No meio da divulgação de projetos, ocorreram acusações de toda ordem e a caracterização de que o País está dividido entre ricos e pobres. Quem é rico vota em e quem é pobre vota em outro. Uma divisão que conseguiu espalhar o ódio entre as pessoas e que é horrível para o País.
Mas mesmo que esta campanha não tenha sido uma festa de civilidade, o eleitor deve votar. Buscar fortemente seus motivos e escolher o melhor para o País, segundo sua consciência. Sim, porque o que conta é o coletivo. O Brasil precisa de pessoas competentes e honestas em sua gestão.
É por isso que você deve votar. Se considera que nenhuma das duas candidaturas o satisfaz, pense mais um pouco. Tente encontrar qualidades ou superar os possíveis defeitos dos que estão na disputa. Mas não deixe de ir votar. O primeiro turno já teve uma grande abstenção e muitos votos nulos e brancos.
Ir votar é um dever, mas também um direito. Escolher também faz parte deste exercício. É difícil imaginar que eleitores vão até suas seções eleitorais e anulem o voto. Afinal de contas, foi difícil conquistar o voto direto. E a redemocratização tem apenas 25. Não é para ninguém estar cansado.
Assim, por piores que possa ser sua desilusão com a política, vote e escolha o que você achar melhor. Independente do que pensa o seu amigo, o seu vizinho, o seu chefe, quem quer que seja.
Porque se nesta eleição os candidatos são muito ruins, na próxima a tendência é que melhorem. E as diferenças fazem parte do jogo democrático. E a democracia pode ter inúmeros defeitos, mas é de longe melhor que a ditadura, o totalitarismo. Então, se você pode votar, vote. O futuro agradece.