
Ainda é pouco
O governo estadual anunciou no início desta semana, com peculiar pompa, que a região de Ribeirão Preto reduziu seus índices de homicídios e latrocínios, no ano de 2013. Foram quedas de 16,77% e 27,59%, respectivamente.
Não deixa de ser uma boa notícia. Melhor ainda se a redução tivesse sido maior, de 70%, 80%. Isso porque o número de homicídios ainda foi considerável na região. Foram 268 mortes, o que dá uma média de 0,73 por dia.
Já os latrocínios foram 21, contra 31 no ano anterior. Esse crime é ainda mais difícil de aceitar, porque se trata de roubo em que o ladrão mata a vítima. É a morte efetuada por um único motivo, enquanto o homicídio pode ter várias outras motivações.
E por mais que índices de criminalidade se reduzam, haverá sempre a sensação de insegurança, já que outros delitos continuam a ocorrer com frequência. Furtos e roubos de veículos, por exemplo, são ocorrências que crescem a cada ano.
E o cidadão comum que pouco entende de números de estatísticas, sabe apenas que seu vizinho foi furtado, seu primo foi roubado e algum conhecido ou parente foi alvo de alguma forma de violência. Porque é difícil encontrar alguém que não tenha uma história de violência sofrida pra contar.
Então o governo pode até comemorar eventuais reduções em alguns índices. Sem nunca, no entanto, fechar os olhos para a criminalidade. E precisa buscar constantemente melhorar as ações de segurança e proteção ao cidadão.
É preciso perseguir índices sempre melhores, que possam bater os anteriores, como uma forma de devolver ao cidadão um pouco de sensação de segurança. Um pouco de confiança no Estado que ele financia com sacrifício.
Caso, contrário, em um cochilo, a situação volta a piorar. E quem sofer as consequências é sempre o cidadão comum.