Bumerangue

Bumerangue

Depois de ir e voltar, em 48 horas, no assunto do impeachment, ao aprovar uma moção de repúdio (apresentada pelo vereador Beto Cangussú, do PT) e outra de apoio (de autoria de Marcos Papa, da Rede) ao pedido de impedimento da presidente Dilma Rousseff, apresentado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto passou por novo efeito bumerangue, desta vez, com a participação da Administração Municipal. A Prefeitura enviou um projeto de concessão de bônus à parte dos servidores, os vereadores cobraram o competente (e obrigatório) relatório de impacto financeiro, deixou de votar o projeto, marcou sessão extraordinária para o dia seguinte e votou o projeto com três emendas, para estender o bônus a todos os servidores da mesma função. Sem chance! Os vereadores, além de não elaborarem o relatório de impacto financeiro que exigiram um dia antes, ainda tomaram medida de competência exclusiva do Executivo. O retorno veio, claro. As emendas estão vetadas e os vetos já estão na Câmara, para o posicionamento dos nobres parlamentares. Parênteses para explicar que pelo menos duas votações ocorreram sob pressão de manifestantes nas galerias. Jogo claro para a torcida, o que nem sempre dá certo.

NOVO PROTESTO
Em julho do ano passado, os vereadores aprovaram, sob protestos, reajustes nos subsídios, elevando de R$ 10,8 mil para R$ 13,8 mil mensais, a partir de janeiro de 2017. Agora, novos protestos voltam às galerias do Legislativo para que ocorra a redução do valor pago. As manifestações são organizadas pelo Movimento Troque os 22 Vereadores, que também coleta assinaturas em abaixo-assinado.

SESSÃO RELÂMPAGO
Sem projetos na pauta e com manifestantes nas galerias, o vereador Bebé (PSD), presidente em exercício, encerrou a sessão do dia 5 de abril em cerca de dez minutos.

EXPLICAÇÕES ADIADAS
A Câmara Municipal convocou o chefe da Divisão de Alimentação Escolar, da Secretaria Municipal da Educação, Aliomar Martins, para prestar esclarecimentos sobre licitações da merenda escolar. No dia marcado, terça, 5, no entanto, Aliomar enviou ofício ao presidente da Câmara, Walter Gomes (PTB), informando que não compareceria por “motivo de força maior”.

VOTAÇÃO DE DEFICIENTES
Eleitores portadores de deficiências com dificuldade de locomoção e que votam nas escolas Sebastião Fernandes Palma, Alcides Corrêa, Otoniel Mota e Guimarães Júnior devem providenciar a transferência de seus títulos para o Colégio Metodista (rua Florêncio de Abreu, 714, Centro), que tem fácil acesso pela rua Barão do Amazonas (as escadas na foto são fachada da Florêncio de Abreu).

PRAZO
O juiz eleitoral da 108ª Zona Eleitoral, Ricardo Braga Monte Serrat, informa que o Colégio tem rampas internas de inclinação suave, elevador e banheiros adaptados. Também alerta para o prazo de transferências, que vai até dia 4 de maio. O cartório da 108ª Zona é que fará a alteração do local de votação dos eleitores.

Foto protesto de servidores: Viviane Mendes /Câmara Municipal

Compartilhar: