
Buracos resistentes
Quando tem oportunidade de discurso, a prefeita Dárcy Vera (PSD) costuma dizer que elegeu para seu governo três prioridades “principais”: as obras de combate às enchentes, que ela considera concluídas, a permanência da Agrishow em Ribeirão Preto, que foi ameaçada de ir para São Carlos, e a internacionalização do aeroporto Leite Lopes.
Para a prefeita, as duas primeiras “missões” foram cumpridas, enquanto a terceira está em andamento, com a ampliação do aeroporto e modificações que permita sua operação internacional de cargas e passageiros.
E não se pode negar que a prefeita buscou estes objetivos. Mas há uma questão mais básica, com investimentos nem tão grandes diante de um orçamento bilionário que o governo da prefeita, já encerrando o primeiro ano de seu segundo mandato, não consegue equacionar: os buracos nas ruas.
Seja por falta de gestão, de recursos ou de outros problemas administrativos, não se consegue reduzir o número de buracos nos pavimentos. Nesta semana uma mulher de 25 anos morreu depois de se acidentar com sua motocicleta em um buraco. Isso é muito grave. E o pior é que outros acidentes similares já ocorreram.
E por mais que se justifique, é difícil imaginar que uma cidade do porte de Ribeirão Preto ainda comporte tais problemas de forma tão generalizada. Porque os buracos nas ruas estão por todas partes; tanto na periferia quanto em bairros nobres.
Muito já se discutiu o assunto. A prefeitura já chegou a disponibilizar em seu site os locais onde equipes estavam tapando buracos. Mas não se chega a uma solução. Aparentemente a cada ano o problema aumenta.
Parece ser o caso de o governo se atentar mais para a questão. E cuidar melhor das vias públicas. Sob pena de novos sobressaltos.