
Canoas definidas
Encerrado o prazo de convenções partidárias, as candidaturas majoritárias estão postas e os aliados prontos a apoiar seus candidatos para os mais diferentes cargos.
No caso de Ribeirão Preto, a prefeita Dárcy Vera (PSD) respirou aliviada com a definição anunciada nesta segunda-feira, dia 30 pelo presidente nacional de seu partido e ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab
Ele decidiu que disputará uma vaga no Senado, encerrando o período de discussões e especulações. Já na sexta-feira o partido havia decidido apoiar a candidatura de Paulo Skaf (PMDB) ao governo paulista.
Com as duas definições a prefeita Dárcy Vera se livra de um incômodo que chegou a ser cogitado nestes período de longas negociações políticas: a aliança do PSD com o PSDB do governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição.
Dárcy nunca se declarou contra a aliança, mas jamais demonstrou que ficaria tranquila em um palanque tucano. Isso porque tem criticado abertamente o governador Alckmin por vários motivos, notadamente na área da segurança pública.
Outra definição do PSD cuidou de desfazer outra saia justa: o apoio em nível nacional. O partido apoiará a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), que apoiou Dárcy há dois anos e espera agora a reciprocidade.
Outra “dívida” da prefeita seria com o candidato petista ao governo paulista, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que não mediu esforços para aprovar Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para Ribeirão Preto.
Padilha chegou a ir à Prefeitura buscar o apoio de Dárcy Vera. Na época ela disse que seu partido teria candidato próprio e que, por isso, não o apoiaria.
A candidatura própria não vingou e o apoio vai para Skaf. Não há problemas. São muitos os que enxergam no peemedebista o verdadeiro candidato do Palácio do Planalto ao governo paulista.
Bela saída. Dárcy não precisa apoiar tucanos e ainda pode estar no palanque preferido do governo federal.