Cidade Limpa em discussão

Guto Silveira

24 Mar 2016 15:12

A Câmara Municipal realizará audiência pública para discutir mudanças na lei da Cidade Limpa, que pode afrouxar as proibições contidas na legislação. A intenção dos vereadores que defendem as alterações é permitir pequenas adaptações na lei. A audiência será no dia 28 de março, a partir das 18h30, no Salão Nobre. Há duas semanas, uma reunião na sala da presidência da Câmara tratou levemente do assunto, segundo alguns vereadores presentes. Seria um novo projeto (substitutivo), com alterações menores, diferente do já apresentado em audiência pública, no final do ano passado, e que poderia devolver painéis de publicidade a locais onde hoje eles estão proibidos, caso das avenidas. A nova proposta não apresenta o fim da proibição. Apesar da audiência pública no ano passado, a regulamentação não foi a plenário para votação em função da repercussão negativa que o tema proporciona. A possiblidade de alteração chegou a ser discutida – e reprovada – no I Congresso Internacional de Paisagem Urbana, realizado em São Paulo, em dezembro de 2015. Os participantes do encontro — entre eles, o ex-vereador Marcelo Palinkas (PSD), que coordenou as discussões para elaboração da lei — chegaram a aprovar uma carta de repúdio às mudanças. Assim, é bom que os interessados no assunto participem da discussão. Até para, depois, não alegarem ignorância.

NOVO SECRETÁRIO
O arquiteto e urbanista, José Roberto Bonetti, é o novo secretário municipal do Meio Ambiente. Ele tomou posse no dia 21 de março, em substituição a Daniel Gobbi, que ocupava o cargo desde 2013. Bonetti é servidor de carreira da Secretaria e ocupava a diretoria do Departamento de Gestão Ambiental.

CARONA
O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, bem que se esforçou, conversou, viajou, mas não adiantou. Aparentemente, o partido dele (e da prefeita Dárcy Vera), o PSD, não deve ter candidato próprio para a Prefeitura de Ribeirão Preto nas eleições deste ano. No lançamento da pré-candidatura a prefeito de Rodrigo Camargo, pelo PTB, a aparência é que haverá união entre as duas siglas.

PRESSIONADO
O vereador Ricardo Silva (PDT) foi duramente pressionado nos últimos dias, após seu partido declarar apoio à presidente Dilma Rousseff (PT) e afirmar que seus parlamentares votarão contra o impeachment. O vereador assegurou que tanto ele quanto seu pai, o deputado estadual Rafael Silva, divergem da posição partidária.

TAMBÉM DIVERGENTE
Ricardo não é o primeiro político da cidade com mandato a ter que divergir da direção nacional de seu partido. Recentemente, o deputado federal Baleia Rossi (PMDB), presidente estadual do partido, defendeu a saída do governo federal com a entrega de todos os cargos. A convenção nacional, no entanto, resolveu esperar mais 30 dias.

Fotos: Ibraim Leão e JFPimenta