Com sabor amargo

Com sabor amargo

Partidos que brilharam em eleições passadas mal conseguem formar chapa de vereadores

A campanha eleitoral só começa em 15 dias. Logo, saber quem será o vencedor da disputa é algo impossível neste momento. Mas é possível ver claramente quem se perdeu ao longo dos anos e hoje está com a imagem arranhada e com pouca força para enfrentar o pleito municipal.

Há principalmente dois partidos que experimentam o amargo sabor do descrédito e da falta de confiança. Em função  de denúncias sobre o que fizeram ou que deixaram de fazer. Com reflexos apenas em Ribeirão Preto, o PSD é um deles.

Vencedor da última eleição com a prefeita Dárcy Vera, O PSD não teve forças para indicar um candidato a vice-prefeito, quanto menos um sucessor. Terá que apoiar um partido que não vence eleições na cidade há 60 anos.

É a primeira vez também, pelo menos nas últimas sete eleições, que o partido do governo não lança um candidato à sua sucessão. Nas duas últimas, com Welson Gasparini (PSDB) e com Dárcy Vera (PSD) houve candidatura à reeleição. Com um fracasso e um sucesso, respectivamente.

Nem mesmo em tempos bicudos para o PMDB, no final da gestão de João Gilberto Sampaio, o governo ficou sem candidato. Flávio Condeixa Favaretto foi para a disputa e perdeu.

Assim como nos anos seguintes perdeu o PDC, então partido de Gasparini, o PT de Antonio Palocci, o PSDB de Luiz Roberto Jábali, novamente o PT, então com Gilberto Maggioni, e o PSDB na tentativa de reeleição de Gasparini. Mas nunca o partido governista deixou de disputar.

Com repercussões das acusações nacionais e, claro, com reflexos por Ribeirão Preto, o PT definha nesta eleição. Depois de disputar oito e vencer duas, o partido precisou de carona na campanha deste ano.

Deixou de ser protagonista, para ser coadjuvante de um partido com pouca história de sucesso político na cidade, e que conta com a eleição de apenas dois vereadores nos últimos oito pleitos. Coincidentemente, os dois deixaram o partido.

Pior que ter que indicar o candidato a vice foi não conseguiu ter número de candidatos suficientes para meia chapa de vereadores. É a clara imagem do descrédito que atinge de forma quase generalizada partidos e políticos, e de forma particular e com maior intensidade alguns deles. Notadamente os que estão no poder.

COLIGAÇÃO DO PV
O PV oficializa na manhã desta terça-feira, 2, na sede do partido em Ribeirão Preto, os nomes do professor Edmur Manfrin e do empresário Edson Bravo a prefeito e vice nas eleições municipais. A intenção inicial era que o presidente local da legenda, André Rodini, fosse o candidato a prefeito, com Edmur de vice, mas primeiro o partido desistiu da candidatura própria, depois decidiu voltar à disputa, com mudança no nome. Os dois candidatos são do PV, que também terá chapa pura a vereador.

CHIARELLI
Também na manhã desta terça-feira, às 10h, na Câmara Municipal, o Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB) faz a sua convenção para indicar candidatos a prefeito, vice e vereadores. Em Ribeirão Preto o partido é dirigido pelo ex-deputado federal Fernando Chiarelli, que pode ser indicado candidato a prefeito.

REDE COLIGADA
A Rede Sustentabilidade, que tem como pré-candidato a prefeito o empresário Fábio Zan, irá para a disputa deste ano em coligação com o Partido Pátria Livre (PPL), que deve indicar como candidato a vice-prefeito Josias Lamas, presidente da comissão provisória local do partido. Os dois partidos fazem suas convenções na quinta-feira, 4, às 20h, na Câmara Municipal

RETA FINAL
O PSB, que tem como pré-candidato o juiz aposentado joão Gandini, faz também na quinta-feira, na Câmara Municipal, a sua convenção. Mas a reunião começa mais cedo, às 19h.

ÚLTIMO DIA
Na sexta-feira, 5, último dia destinado à convenções partidárias, nove partidos fazem suas convenções, entre eles o PDT, que tem como pré-candidato a prefeito o vereador Ricardo Silva, e que mesmo sem a oficialização já tem um candidato a vice-prefeito; o empresário Guilherme Feitosa, do PMDB.

DUAS CANOAS?
Pergunta que circula nos bastidores políticos. O PMDB, agora aliado de Ricardo Silva (PDT), forte opositor ao governo da prefeita Dárcy Vera (PSD), deve agora deixar a Administração Municipal? Afinal, em política não se admite convivências pacíficas entre  opositores. Principalmente em anos de testes nas urnas.

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