Como o combinado

Como o combinado

Sem surpresas. O arranjo feito pelos vereadores, sob a batuta do presidente Cícero Gomes da Silva (PMDB) –certamente com umas pitadas de “sugestões” do Palácio Rio Branco- resultou na eleição do vereador Walter Gomes (PR) para a Presidência da Câmara Municipal em 2014.

Além da eleição, o republicano leva com ele quatro colegas bem próximos quando se considera a tendência política e posições sobre apoio ao governo municipal. Uma felicidade completa, sem qualquer estremecimento entre os integrantes. Certamente, claro.

E o acordo, que resultou 14 votos favoráveis contra oito não foi nenhum excesso de competência dos governistas. Foi uma decisão da oposição de não participar da Mesa Diretora apenas como figurante.

Como quis a direção, resolveu “bater chapa” com todas as previsões de derrota. Gláucia Berenice até disse que lutou até o fim, mas a negociação da base aliada estava extremamente forte. Sem chance de mudança.

Apenas Rodrigo Simões (PP), por ter sido preterido pela chapa vencedora, votou contra três dos cinco componentes. Mas manteve o voto no vice-presidente Waldyr Villela e o segundo secretário Bebé, ambos do PSD.

O resultado ficou previsível pelo menos duas semanas antes. Conversas informais de vereadores de ambos os lados davam conta do que ocorreria. Tanto que pelo menos dois dos eleitos –Walter Gomes e Paulo Modas (Pros)- levaram seus discursos escritos, prontinhos.

E foram muitos os que reclamaram da eleição do republicano, classificando como um retrocesso democrático. Não será tanto assim. Ele sabe, assim como os demais vereadores, que nos últimos tempos aumentaram muito os olhos sobre o Legislativo.

O novo presidente terá que trabalhar com quem não combinou nada. Fora do combinado estão os que votaram em Gláucia Berenice, populares que acompanham os trabalhos legislativos e a imprensa, que está sempre de olhos bem abertos.

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