Efeito simbólico, mas importante

Efeito simbólico, mas importante

Resultado de votação do impeachment pode influenciar parlamentares no domingo

A votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que pode acontecer no domingo, 17, no plenário da Câmara Federal, é o que importa para definir se o pedido de afastamento prospera ou vai pra gaveta.

Assim, o resultado da votação desta segunda-feira, 11, quando a maioria dos deputados aprovou o parecer do relator, pelo afastamento da presidente, não tem um resultado prático de definir ou não se haverá a continuação do processo, mas pode muito bem ser um indicativo de posições.

É claro que se o parecer tivesse sido rejeitado, poderia ser aprovado no plenário. O contrário, no caso vigente, também é verdadeiro. Os governistas podem conseguir os 172 votos contra o impeachment. Ou conseguir que os parlamentares faltem à votação.

Mas os oposicionistas também podem conseguir os 342 votos pelo afastamento. Os dois lados trabalham intensamente por seus resultados. Justamente por isso é difícil falar em probabilidades, fazer previsões.

Há contas de opositores em que o número de votos faltantes para aprovação da admissibilidade é muito menor que o de deputados que se declaram indecisos. Mas é claro que não estão. A situação também tem suas contas favoráveis e contam, claro, com possíveis traições.

Um deputado governista chegou a declarar que não é só ao governo que os prováveis aliados traem. “Na oposição também há traidores”, afirmou. E há mesmo. Depende muito da condução das negociações até o dia da votação.

Assim, torcedores a favor e contra, não precisam comemorar tanto e nem derramar lágrimas em excesso. É um resultado importante – do ponto de vista de convencimento - para quem defende o impeachment, mas pode ser tranquilamente modificado no domingo. Ou não.

Qual é sua aposta?

PRIMEIRA CONDENAÇÃO
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), confirmou a condenação contra o pré-candidato a prefeito de Piraju, José Maria Costa, por propaganda eleitoral antecipada. Ele foi multado em primeira instância em R$ 5 mil. É o primeiro caso de propaganda extemporânea para as eleições de 2016 julgado pela Corte Paulista. Para os juízes do Tribunal, houve propaganda eleitoral antecipada veiculada pelo jornal Observador, em setembro de 2015. O jornal recebeu multa de igual valor. Da sentença cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

DIFÍCIL CONFIGURAÇÃO
Em palestra na semana passada, na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, o juiz eleitoral do TRE-SP André Guilherme Lemos Jorge disse que o crime por propaganda eleitoral antecipada ficou de difícil configuração após a minirreforma eleitoral. “Hoje pode quase tudo. Só não pode pedir voto explicitamente. Em função disso, há gente fazendo maluquice, como postar o número da campanha anterior em redes sociais, o que não é permitido”, disse. A propaganda eleitoral neste ano é permitida a partir de 16 de agosto.

PREVENÇÃO
A Câmara Municipal criou uma Comissão Provisória de Combate à Dengue para realizar ações de educação e de prevenção ao mosquito Aedes aegypti. Uma das atividades programadas pela comissão é uma palestra para todos os funcionários do Legislativo, a ser proferida pela enfermeira Lúcia Taveira, da Divisão de Vigilância ambiental em Saúde, que falará sobre a biologia do mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

NÃO TEM MOSQUITO
Na semana passada, a pedido da comissão, funcionários do Setor de Controle de Vetores fiscalizaram as áreas internas e externas do prédio da Câmara Municipal e não encontraram nenhum foco do mosquito.

Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

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