Encerramento sem complicações

Guto Silveira

23 Dez 2015 09:54

Última sessão da Câmara Municipal teve protestos, mas transcorreu dentro da normalidade

Quem pensava que haveria confusões na última sessão ordinária da Câmara Municipal de 2015 enganou-se. A sessão foi razoavelmente tranquila, apesar do grande número de projetos a serem apreciados e do protesto de um pequeno grupo de moradores, que foram ao local se manifestar contra a possível criação de taxa de coleta de resíduos sólidos.

Na verdade mesmo que fosse à votação o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) a taxa seria criada de imediato. Certamente o seria depois, em função de necessidade. Mas mesmo assim o projeto, complexo e longo, acabou sem parecer e ficou sem votação, o que deve ocorrer em 2016, depois de mais debates entre os vereadores e a sociedade civil organizada.

Em função dos protestos, o vereador Giló (PR), presidente em exercício da sessão, ameaçou por duas vezes retirar das galerias uma manifestante mais exaltada, de grito estridente em meio aos discursos dos vereadores. Não foi necessário. Apenas a presença de guardas civis municipais no local já serviu para acalmar os ânimos.

Sem o projeto do PMSB em discussão, os protestos foram se arrefecendo e as demais matérias foram votadas sem muita discussão pelos vereadores. Uma reunião bem mais tranquila que a anteior, da quinta-feira, 17, quando houve desentendimento sério entre o vereador Rodrigo Simões (PP) e o presidente da Mesa, Walter Gomes (PR), com troca de acusações mais sérias de parte a parte.

Agora, por quase 40 dias os vereadores estarão em recesso, apesar de o expediente da Casa ser mantido em janeiro. A primeira sessão do ano será no dia 2 de fevereiro, uma terça-feira. A reunião, no entanto, servirá apenas para a eleição dos membros das comissões permanentes. E a sessão de quinta, 4 de fevereiro, não deverá ser das mais movimentadas, porque antecede o carnaval.

E assim segue a humanidade em ano de escolha de novos vereadores, prefeito e vice.

SECRETÁRIO CONVOCADO
Os vereadores de Ribeirão Preto aprovaram, na sessão desta terça-feira, 22, a convocação do secretário municipal da Educação, Ângelo Invernizi Lopes, para explicar a falta de vagas nas creches da cidade. A votação foi apertada, com oito votos favoráveis, sete contrários e as abstenções de André Luiz da Silva (PCdoB), Bertinho Scandiuzzi (PSDB) e Beto Cangussú (PT).

AJUDA DOS AUSENTES
Estavam ausentes da sessão os vereadores Maurílio romano (PP), Samuel Zanferdini (PMDB), Saulo Rodrigues (PRB) e Walter Gomes (PR), todos governistas. Estivessem eles presentes, certamente a convocação, requerida pelo vereador Paulo Modas (Pros), seria rejeitada. Cícero Gomes da Silva (PMDB), também da bancada de apoio da prefeita Dárcy Vera (PSD), ao justificar seu voto contrário disse que da cidade de seu porte, Ribeirão Preto é a que mais oferece vagas para o ensino infantil.

SAÚDE
O secretário da Saúde, Stênio Miranda, esteve na Câmara Municipal na sessão desta terça-feira, 22, última de 2015, a convite do vereador Paulo Modas. Ele não chegou a ser convocado, mas como participou de reunião da Comissão Especial de Estudos (CEE) da vacinação antirrábica, ficou para a sessão, onde falou sobre medicamentos na rede municipal de saúde e negou que existam faltas de remédios, mas admitiu que a distribuição é racional, de acordo com as necessidades.

BURACO FAMOSO
Um buraco na rua Francisco Augusto César, próximo à rua do Professor, no Jardim Irajá, tem chamado a atenção de moradores do bairro, que já pintaram o seu entorno e tiraram foto para postagem em redes sociais. Na manhã desta quarta-feira o buraco foi “vistoriado” por um ex-prefeito. O deputado estadual Welson Gasparini (PSDB), que passava pelo local de carro, ao ver as inscrições, parou ao lado do buraco, baixou o vidro para ver o buraco e as inscrições de protesto, atentamente. Segundo vizinhos do local, o problema persiste há cerca de três meses.

CEE
Por conta de buracos, a Câmara aprovou a criação de uma nova CEE para analisar o assunto. Uma Comissão já estudou os buracos abertos pelo Daerp e não fechados com a devidade agilidade. O vereador Cícero Gomes da Silva (PMDB) chegou a criticar a abertura de nova CEE para o assunto, mas afirmou já ter dito para a prefeita Dárcy Vera (PSD) que a cidade está mesmo intransitável em vários locais. Quem anda pelas ruas sabe perfeitamente como a situação está.

ELE DISSE
“Como economizar fraldas, meu Deus? Como economizar fitas para medir diabetes. Só se não comer para não aumentar a glicemia”
Paulo Modas (Pros), vereador em Ribeirão Preto, ao questionar o secretário da Saúde, Stênio Miranda, sobre a falta de medicamentos. O secretário disse que não há falta, mas uso racional dos produtos

Foto: Viviane Mendes